Embora a sociedade atribua à mulher a responsabilidade da amamentação, o homem tem papel fundamental para realização satisfatória dessa prática. Culturalmente cabe ao homem o papel de chefe da família, provedor, responsável pelo custeio familiar, voltado quase sempre para o trabalho e realização profissional, onde o tempo e disponibilidade de participação na vida dos filhos estão cada vez mais diminuídos. Colocando-se esta problemática, objetivou-se, portanto, analisar a influência paterna na promoção do aleitamento materno. Utilizou-se como metodologia a abordagem qualitativa, sendo este um estudo de caráter descritivo, realizado no período de março a novembro de 2008. Os sujeitos da pesquisa foram 14 pais que coabitam com mães lactantes. As respostas foram agrupadas em categorias temáticas após repetidas leituras dos dados. Os pais em estudo são adultos jovens, instruídos, assalariados, com um longo período de relacionamento conjugal e pequena prole. Verificou-se que o conhecimento paterno acerca do aleitamento materno está centrado nos benefícios dessa prática para a saúde do lactente, não sendo referenciados os benefícios para a lactante, mais uma característica da tessitura social ainda predominantemente patriarcal. A assistência paterna no processo da amamentação sugere principalmente incentivo, suporte emocional, realização dos afazeres domésticos e cuidados com o filho. Os resultados obtidos permitem concluir que é necessária a inclusão do pai no período gravídico-puerperal com vistas à promoção do aleitamento materno, bem como o esclarecimento dos profissionais de saúde sobre a efetiva participação do pai neste processo.