Introdução: As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição universal, que têm em comum o hepatotropismo. Os últimos 50 anos foram de notáveis conquistas no que se refere à prevenção e ao controle das hepatites virais, no entanto a cronicidade ainda representa um fator que contribui para morbimortalidade. Objetivo: Verificar a mortalidade por hepatite viral no estado do Pará no ano de 2005 e relacionar com sexo, idade, faixa etária, estado civil, município e local de ocorrência. Método: Os dados do presente trabalho foram obtidos a partir do banco de dados do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), considerando as ocorrências de óbito no ano de 2005 no Estado do Pará, tendo como causa do CID-BR-10, equivalente a hepatite viral. Resultados: Houve 55 ocorrências de óbito por hepatite viral no estado do Pará no ano de 2005, sendo que 41 foram em homens e 14 em mulheres. O município de maior ocorrência foi Belém com 39 casos; seguido de Tucuruí com sete casos; Óbidos e Breves com dois casos; e demais municípios paraenses com um ou nenhum caso. O intervalo de idade mais acometido foi de 20 a 79 anos, apresentando 32 óbitos. Em relação com o estado civil 24 pessoas eram solteiras, 21 casadas, e 10 pessoas em outros estados civis (viúvo, separado e ignorado). As mortes por hepatite viral ocorreram principalmente em hospitais – 53 casos, e ainda um caso em via publica e um em domicilio. Conclusão: Houve 55 óbitos notificados por hepatite viral no estado do Pará no ano de 2005. A faixa etária mais acometida no Pará foi de 20-79 anos, o que concorda parcialmente com Chávez et al que afirma que no Brasil a faixa etária mais acometida é a partir de 30 anos, isso pode ser explicado pela forma de transmissão sexual, a qual passa a ser mais incidente a partir dessas idades.A mortalidade foi mais freqüente no sexo masculino possivelmente devido ao maior número de parceiros sexuais que esse sexo apresenta em relação ao feminino, a maior parte da literatura concorda com este caso, mas não há unanimidade. O local de maior incidência de óbitos foi o hospital evidenciando que hepatite em fase terminal é tratada predominantemente em hospitais com acompanhamento médico. Devido aos dados sobre o estado civil serem relativamente semelhantes provavelmente não deve haver relação entre o estado civil e a mortalidade por hepatite viral. Belém deve ser o município mais acometido possivelmente pelo seu maior número de habitantes.