INTRODUÇÃO: A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia degenerativa que ataca o cérebro, principalmente após os 65 anos de idade. Por comprometer principalmente as funções cognitivas, como pensamento, raciocínio, memória, linguagem e aprendizado, a doença exige do cuidador uma assistência total e irrestrita para atender as necessidades e limitações que o portador possui. OBJETIVO: Descrever os fatores relacionados entre a doença de Alzheimer e seu impacto na vida do cuidador. METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica, cujos dados foram levantados e analisados a partir de investigação em bancos de dados científicos (scielo, lilacs, bireme). RESULTADOS: O Alzheimer constitui-se em uma patologia complexa devido ao seu diagnostico e tratamento, dificultando a assistência e exigindo do cuidador dedicação intensa e abnegação de algumas atividades cotidianas e sociais, principalmente quando estes, são familiares do paciente. Tarefas como: atuar como elo entre a pessoa cuidada, a família e a equipe de saúde; ajudar nas necessidades fisiológicas, administrar as medicações, conforme a prescrição médica e outras situações que se fizerem necessárias, fazem parte da rotina do cuidador. A função do cuidador é exercida em sua maioria por mulheres, com idade entre 50 e 65 anos, que geralmente costumam sofrer um impacto maior, pois assumem com mais freqüência tarefas desgastantes, como a higiene do paciente, além de gerenciarem as tarefas domésticas. Em média, os cuidadores despedem 60 horas por semana em responsabilidade de cuidador. Os cuidadores de pessoas com DA possuem maiores chances de apresentar problemas de saúde, maior freqüência de conflitos familiares e problemas no trabalho, se comparados a pessoa da mesma idade que não exerce o papel. Os sintomas físicos mais apresentados são: hipertensão arterial, problemas digestivos e respiratórios, e propensão a infecções. Sintomas psicológicos freqüentes são: depressão, ansiedade e insônia. É importante que o estado psicológico, físico, social do cuidador de DA esteja em constante equilíbrio, visto que a desarmonia de sentimentos e emoções pode comprometer o cuidado prestado. Conclusão: Os cuidadores necessitam de uma atenção especial, pois em muitos casos o estado fisiológico e mental é comprometido pelo excesso de responsabilidades. São necessárias intervenções como terapias familiares, de grupos ou individuais que visem uma assistência ao cuidador, visto que se o cuidador estiver bem físico-mental o paciente também estará.