Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
APOIO MATRICIAL EM SAÚDE MENTAL: DIÁLOGOS NECESSÁRIOS ENTRE CAPS E ATENÇÃO BÁSICA
Relatoria:
JEANE FÉLIX DANTAS
Autores:
- DIANA MARIA FERNANDES DANTAS
- GLICÉRIO BATISTA DOS SANTOS
- KARLA DANIELLE LIMA DE ARAÚJO
- DULCIAN MEDEIROS DE AZEVEDO
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A atenção básica se configura como um espaço privilegiado de intervenção em saúde mental, desempenhando um papel importante na assistência a pessoas com sofrimento psíquico, pois contempla a territorialidade, o estabelecimento de vínculos, além de outros princípios e diretrizes que se aproximam da reabilitação psicossocial. Entretanto, as equipes da estratégia saúde da família (ESF) não estão preparadas para enfrentar sozinhas as demandas de saúde mental que chegam cotidianamente ao serviço. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) enquanto organizador da rede de atenção em saúde mental deve buscar o estreitamento de laços entre as demandas de saúde mental e a comunidade, conjuntamente com a ESF. É função do CAPS oferecer o matriciamento na atenção básica, através de suporte técnico especializado, responsabilizar-se pela organização da demanda e da rede de cuidados, supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica. Objetivou-se conhecer a dinâmica de funcionamento do CAPS I, município de Parelhas-RN, e sua articulação com a atenção básica. Trata-se de um relato de experiência vivenciado na disciplina Políticas Públicas de Saúde Mental, ofertada no 6º período do curso de Graduação em Enfermagem (UERN), Campus do Seridó, semestre 2010.1, em visita realizada a este serviço. Este trabalho segue as normas da ABNT. O CAPS I de Parelhas funciona de segunda à sexta das 7:30 às 16:30, assiste 85 usuários e seus familiares, e oferece atividades como teatro, jogos, oficinas de artesanato, além de participação em eventos locais. O CAPS I realiza atividades de educação em saúde, tendo como público alvo os profissionais de saúde da ESF do município. Oferece apoio técnico, discute e compartilha os casos, e intervém conjuntamente aos familiares dos usuários, quando necessário. Entretanto, uma parcela dos usuários acolhidos no CAPS I não é referenciada pela ESF, revertendo-se numa demanda livre. As ações de apoio matricial quando realizadas de forma articuladas contribuem para a minimização da medicalização em saúde mental, e os encaminhamentos desnecessários ao CAPS. No cenário nacional, é uma necessidade premente o estabelecimento de um diálogo mais efetivo entre as equipes da ESF e os CAPS, na perspectiva do fortalecimento do movimento da Reforma Psiquiátrica na atenção básica. Vivenciar a realidade do CAPS I foi extremamente relevante para nossa formação, enriquecendo nossas experiências e conhecimentos acerca da assistência ao sujeito em sofrimento mental.