Assédio moral é definido como qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima no trabalho. É importante destacar que o assédio moral consiste em um fenômeno relevante, porém, ainda pouco discutido no contexto histórico da saúde. Sendo assim, é um tema que merece destaque, uma vez que na prática cotidiana da saúde, o assédio moral pode acarretar graves danos à vida e à saúde do profissional que, muitas vezes, vê-se coagido e discriminado. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo identificar a produção científica nacional sobre o assédio moral no âmbito da saúde. Trata-se de uma revisão de literatura, que teve como fonte de dados publicações acerca da temática disponibilizadas na Biblioteca Virtual em Saúde, no período de 2005 a 2010. A amostra foi constituída por quatro estudos, sendo três artigos e uma dissertação, localizados a partir da busca utilizando-se o descritor assédio moral na saúde. Constatou-se que o assédio moral nas funções em saúde corresponde a uma síndrome psicossocial e multidimensional que ocasiona nos profissionais da área, independente do nível hierárquico, o sofrimento no trabalho, resultando em adoecimento e comprometimento de sua saúde mental, afetando, muitas vezes, o seu rendimento. Os assediados necessitam do resgate da auto-estima e da identidade do sujeito-trabalhador, bem como atenção jurídica por parte da organização, evitando a persistência de danos inerentes à violência ocupacional. É inegável ressaltar a importância da conscientização institucional e dos próprios trabalhadores quanto à necessidade de implementar ações que visem extinguir esse fenômeno, melhorando as relações interpessoais no ambiente de atuação profissional. Desta forma, a atenção referente ao assédio moral no âmbito da saúde deve estar direcionada ao sujeito trabalhador, como ator num processo de ação e superação para que o trabalho seja entendido como uma atividade geradora de prazer e satisfação, e não mais como fonte de sofrimento, culminando assim, na formação e manutenção de vínculos profissionais saudáveis geradores de harmonia no exercer de suas funções. Cumpre assinalar que as pesquisadoras seguiram as recomendações preconizadas pela Norma 6028/2003 da ABNT.