O aleitamento materno é uma prática geradora de benefícios biológicos e sociais para o binômio mãe-filho. Recomendado pelo menos até os dois anos de idade, devendo ser exclusivo nos primeiros 6 meses de vida, o aleitamento materno promove afeto, proteção e nutrição para a criança, sendo considerada como uma intervenção eficaz para redução da morbimortalidade infantil e materna. Porém, apesar de reconhecer esses benefícios, há uma persistência ao desmame precoce, sendo de apenas 41% a prevalência da amamentação exclusiva para as crianças menores de 6 meses nas capitais brasileiras durante o ano de 2008. Desta forma, torna-se relevante a prática da educação em saúde nos períodos gestacional e puerperal no intuito de estimular o aleitamento materno, visando estabelecer vínculos entre os profissionais e as usuárias na busca por respeito às individualidades, autonomia e co-responsabilidade pela saúde-doença das mães e seus bebês. Diante disso, tem-se como objetivo relatar o desenvolvimento de práticas de educação em saúde instituídas às gestantes e acompanhantes da Unidade Básica de Saúde da Família – UBSF do bairro Castelo Branco, município de Caicó/RN. Trata-se de um relato de experiência construído a partir da vivência de ações educativas realizadas através de um projeto extensionista. Estas ações foram desenvolvidas a partir de encontros quinzenais organizados por docentes e discentes do curso de Enfermagem, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, contando com a participação de uma equipe multidisciplinar. Entre as temáticas abordadas nos encontros, enfatizamos: o leite materno e amamentação; alimentação da mulher no pós-parto; cuidados com a mama; ordenha e desmame; alimentação da criança em aleitamento misto e sem amamentação. Devido à predominância de primigestas, as atividades educativas proporcionaram uma aproximação com a temática do aleitamento materno, sugerindo estratégias de superação das possíveis dificuldades enfrentadas no decorrer desta prática. Assim, destacaram-se os benefícios, as técnicas de manuseio das mamas, prevenção de agravos e intercorrências, a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e o início do desmame, com a introdução gradativa de alimentos sólidos ricos em outros nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança. Os encontros permitiram a troca de experiências e conhecimentos entre gestantes e acompanhantes, discentes, docentes e a equipe de saúde.