Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE POR CÂNCER CERVICO-UTERINO
Relatoria:
SAMEA RAFAELLY DE SOUSA DE OLIVEIRA
Autores:
- Orlando Sandoval Farias Júnior
- Natércia Neves Marques
- Elana Ivone do Socorro Campos Pereira
- Lupy Racabio Cunha Bacelar
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O número de casos de câncer tem aumentado de maneira considerável em todo o mundo, principalmente a partir do século passado, configurando-se como um dos mais importantes problemas de saúde pública mundial. As estimativas do Instituto Nacional do Câncer aponta o câncer do colo do útero como umas das localizações mais freqüentes. A América Latina é considerada como uma das regiões de maior incidência de câncer de colo de útero no mundo. Objetivo: Analisar a mortalidade por câncer do colo do útero em Belém, Pará, no período de 2001 a 2006. Método: Foram analisados dados de mortalidade do Ministério da Saúde, de acordo com o CID-BR-10 (neoplasia maligna do colo do útero), por ano, município de residência, estado civil, escolaridade e faixa etária e confrontados com dados da literatura. Resultados: No período de 2001 a 2006 houve 527 mortes decorrentes de neoplasias malignas de colo do útero. A faixa etária mais acometida foi de 40-49 anos, com 130 óbitos, seguido de 50-59 anos com 112 casos. Mulheres solteiras compõem 206 dos óbitos. Mulheres com escolaridade menor que oito anos constituem 349 casos e com mais de oito anos 101. Conclusão: O câncer do colo de útero é uma causa de grande mortalidade entre mulheres, principalmente em Belém, constituindo um problema de saúde pública. A faixa etária mais acometida foi de 40-49 anos, concordante com a literatura, que explica que nessa faixa encontra-se maior número de mulheres multíparas e com infecção por HPV – fatores de risco para o câncer de colo uterino. O óbito em solteiras é maior, podendo ser explicado por estas terem um maior número de parceiros sexuais e conseqüente maior risco a infecção por HPV. As mulheres com menor nível de escolaridade foram mais acometidas, o que pode se explicado pelo fato de estas realizarem em menor proporção ou terem menor acesso ao exame preventivo. Por fim, vê-se a necessidade de melhorias na assistência da saúde da mulher em Belém, sendo essencial a ênfase na conscientização das mulheres para a realização do preventivo.