INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. Apresenta incidência relevante no Brasil e, no Ceará, a cada ano, 900 casos novos são detectados, o que significa que precisamos avançar na prevenção e controle desta doença. Assim, sentimo-nos motivadas em realizar atividades educativas que contribuam para a melhoria desta realidade. OBJETIVO: Relatar a experiência de um grupo de estudantes de enfermagem em realizar educação em saúde para prevenção e controle de hanseníase. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, realizado em um centro de saúde de tratamento de doenças dermatológicas, situado em Fortaleza-CE, durante atividades do Curso de Enfermagem da UNIFOR, nos meses de março e abril de 2010. RESULTADOS: Em se tratando da prevenção e controle da hanseníase, o uso de práticas educativas, tem sido um recurso eficaz, visto as dúvidas que permeiam essa doença, por ter um passado de discriminação. Embora a mesma tenha tratamento e cura, ainda existe preconceito e dificuldade de adesão à terapia medicamentosa. Assim, foram realizadas atividades educativas que duravam entre 20 e 30 minutos, semanalmente, junto a pessoas que aguardavam consultas (médica, enfermagem, fisioterapia) e/ou exames diagnósticos, sendo realizadas atividades lúdicas e exposição dialogada com cartazes. A cada encontro, considerando que os participantes eram diferentes, foram abordados assuntos relacionados à história da doença, sinais e sintomas, diagnósticos e tratamento. Após cada encontro, era feita uma avaliação verbal a fim de checar a compreensão do grupo, sendo estimulada a participação, através de premiações simbólicas. Com o encerramento das atividades, pudemos perceber que os recursos utilizados foram adequados à realidade desta prática, considerando a estrutura física e o tempo disponível. CONCLUSÃO: Com a vivência desta experiência, pudemos reforçar a importância da educação em saúde para a enfermagem, pois essas ações educativas favorecem a adesão de práticas que possibilitem a prevenção e o controle da hanseníase, melhorando, portanto, a qualidade de vida de pessoas.