Introdução: O termo Burnout vem de uma síndrome que afeta, geralmente, os profissionais que trabalham em contato direto com as pessoas. Designa aquilo que deixou de funcionar por esgotamento energético, expresso por meio de um sentimento de fracasso e exaustão, oriundos de um desgaste excessivo de energia e recurso. Esta síndrome afeta enfermeiros em todo o mundo e em vários contextos de trabalho. Objetivo: Identificar quais fatores da Síndrome de Burnout tem sido determinantes no relacionamento entre os membros da equipe de enfermagem da UTI. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada no mês de abril do ano de 2010, tendo como base de dados da Scientific Electronic Library Online (Scielo) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), através da abordagem qualitativa, havendo um confronto teórico entre os autores para constituição do trabalho. Resultados: A Síndrome de Burnout é expressa no estágio mais avançado do estresse. Tem seu início com o desânimo e a desmotivação com o trabalho, e pode chegar a doenças psicossomáticas, fazendo com que o profissional tenha altas taxas de absenteísmo, afastamento temporário das funções, chegando até a aposentadoria por invalidez. Além disto, na enfermagem, a Síndrome leva o profissional a desenvolver sentimentos negativos em relação às necessidades dos pacientes, como frustração, frieza e indiferença. O ambiente de trabalho contribui para o desenvolvimento destes fatores, como é o caso da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que é considerada uma das áreas mais complexas do sistema de saúde, por nela existir os pacientes mais graves das unidades hospitalares. Sendo assim, é um setor que usa, inevitavelmente, tecnologias avançadas e exige um corpo profissional capacitado para fazer rápidas decisões e adotar condutas imediatas. E, em conseqüência disto, há um desgaste e um nível de estresse maior entre a equipe de enfermagem. Conclusão: A Síndrome de Burnout traz consequências a nível individual e organizacional e está descrita como um problema de saúde laboral com alta prevalência nos enfermeiros em todo o Brasil. Os enfermeiros que trabalham na Unidade de Terapia Intensiva estão expostos aos fatores predisponentes da Síndrome de Burnout, e, consequentemente, isto afeta o trabalho em equipe, prejudicando a assistência ao paciente.