A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma situação emergencial a qual exige preparo técnico da equipe de enfermagem e recursos materiais e tecnológicos disponíveis, os quais são fatores determinantes para o sucesso do atendimento (Smeltzer & Bare, 2005). Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a atuação dos técnicos de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva (UTI) diante de uma parada cardiorrespiratória. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quanti-qualitativa, realizada em uma UTI de um hospital de Petrolina-PE. A pesquisa foi realizada com 14 técnicos de enfermagem que atuavam na referida unidade. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário semi-estruturado. Os resultados foram analisados a partir da literatura médica e de enfermagem sobre parada cardiorrespiratória utilizando-se a técnica de análise de conteúdo e dispostos em tabelas e gráficos para melhor compreensão. Dos 14 profissionais entrevistados 78,6% tinham entre 6 meses e 3 anos no serviço. Alguns dos sinais de PCR foram identificados somente por 7,1% dos entrevistados, sendo reconhecido corretamente por esses apenas a apnéia. Em relação aos ritmos de parada, foram apontados corretamente por apenas 14,3% dos participantes. A maioria, 64,3% tem como conduta diante de uma parada a solicitação de ajuda e apenas 48,8% citaram o preparo das medicações como procedimento diante da PCR. Os resultados obtidos com o presente estudo mostraram um desconhecimento por parte dos técnicos de enfermagem acerca da PCR, podendo comprometer o início, a organização e a rapidez das manobras. Diante disso, o estudo apresentou-se como fator contribuinte para as linhas do conhecimento, propondo uma reflexão voltada ao desenvolvimento do corpo profissional de enfermagem da unidade e à importância da correta atuação dos técnicos de enfermagem, munidos de conhecimentos técnicos e científicos, na obtenção de resultados satisfatórios frente às situações de PCR.