É notório o crescimento da população na faixa etária igual ou superior aos 60 anos de idade em todo o mundo. Tal fato gera a necessidade de desenvolver ações de saúde/educação voltadas para o bem-estar e qualidade de vida desse contingente. Neste contexto, o tema da sexualidade se faz presente e entendida como necessária a ser inserida no rol de discussões entre profissionais de saúde e a pessoa idosa, tanto nos serviços de saúde como nos espaços sociais que envolvem a comunidade. Desta forma, objetivou-se discutir com um grupo de idosos a experiência da sexualidade na 3° idade e elucidar alguns meios que potencializem a qualidade de vida nesta faixa etária. Trata-se de um relato de experiência do projeto de intervenção realizado por acadêmicos do 6º período do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em junho de 2010, com os idosos integrantes do Projeto Forró da Terceira Idade no município de Caicó-RN. Esta atividade compreendeu cinco momentos: captação da realidade; planejamento da proposta de intervenção; execução; avaliação e a construção do relatório/resumo final (nas normas da ABNT). A discussão contou com a participação de uma média de 30 pessoas do sexo feminino e masculino com a faixa etária entre 50-75 anos, sendo a maioria mulheres casadas e/ou viúvas. A sondagem da experiência da sexualidade na 3° idade revelou a carência de amor nesta fase da vida, nomeada como sinônimo de sexualidade. O ato sexual propriamente dito foi referido como presente nos casais em que um dos parceiros encontrava-se numa faixa etária inferior. O companheirismo e a troca de carinho entre parceiros e o acolhimento da família foram ressaltados como principais atitudes que melhoram a qualidade de vida e sexualidade nesta faixa etária. As alterações fisiológicas intrínsecas ao processo de envelhecimento foram ressaltadas pelos acadêmicos (conseqüências da menopausa, o vigor físico diminuído, disfunção erétil, entre outras) e sugeridas alternativas para superá-las ou adequá-las a vida sexual ativa e de qualidade do casal. A prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) também foi discutida, junto à orientação sobre o uso de preservativos masculinos e femininos. Esta experiência apontou a necessidade da inclusão desta temática nos serviços de saúde e na comunidade, quer seja durante as consultas rotineiras do médico/enfermeiro ou quer seja através de atividades de educação em saúde “extramuros”, como a explicitada.