Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
ADESÃO AO TRATAMENTO COM ANTI-RETROVIRAIS POR PESSOAS COM AIDS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Relatoria:
MAYARA MIRNA DO NASCIMENTO COSTA
Autores:
- RICHARDSON AUGUSTO ROSENDO DA SILVA
- EUMENDES FERNANDES CARLOS
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O fenômeno da não-adesão ao tratamento tem sido considerado universal, particularmente entre pessoas com doenças crônicas. Estudos sobre fatores associados ao tratamento com anti-retrovirais (ARV) em países desenvolvidos têm confirmado que a adesão ao tratamento é um fenômeno complexo e multicausal. Identificar as dificuldades de pessoas vivendo com HIV/Aids relacionadas ao uso de ARV permite melhor compreensão da não-adesão ao tratamento nos serviços brasileiros. Tal conhecimento pode contribuir para subsidiar melhorias nas políticas dirigidas a esse grupo e auxiliar os profissionais de saúde a desenvolver estratégias para lidar com essas dificuldades. Nesse sentido, os objetivos desse estudo foram identificar as características dos estudos científicos sobre adesão ao tratamento com anti-retrovirais por pessoas com Aids nas bases de dados da BVS/BIREME e das Publicações Médicas (PUBMED), quanto ao ano, país, tipo e disponibilidade de publicação, idioma, tipo de estudo e abordagem, categoria temática; além de descrever as técnicas utilizadas para avaliar essa adesão. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada eletronicamente, em maio de 2010. Para tanto, encontrou-se um total de 44 trabalhos, sendo 15 na LILACS, 9 na BDENF e 20 na PUBMED. Destes, predominaram os estudos publicados em 2008 (48,1%), no Brasil (57,2%), em artigo científico (68,2%), disponível na forma de resumo (72,7%), em português (57,3%), utilizando estudos descritivos (81,8%) e abordagem qualitativa (62,7%). A literatura mostra variadas ferramentas e técnicas usadas para averiguar a efetividade dessa adesão (análise de prontuário, registros de farmácia e auto-relato) e vários fatores de risco associados à não adesão e influenciadores da adesão ao tratamento, como fatores sócio demográficos (escolaridade, habitação), clínicos (efeitos colaterais, sintomas apresentados e quantidade de medicamentos) e laboratoriais (contagem sérica de anticorpos). Com a pesquisa, concluiu-se que as estratégias utilizadas para promover a adesão ao tratamento ainda precisam ser melhoradas, e para isso, a equipe de saúde deve prover as mais variadas ferramentas de identificação dos pacientes de risco à não adesão, para auxiliar neste processo.