INTRODUÇÃO: A formação do Enfermeiro está para além do tecer de teorias que norteiam a prática do cuidado, é construído e aperfeiçoado em fundamentos críticos e científicos adequando a sua prática à realidade da sociedade, despertando a sensibilidade do olhar voltado para as singularidades apresentadas em cada cliente. É bem verdade que o reflexo de uma formação está diretamente relacionado às vertentes configuradoras da aprendizagem envolvidas na formação de um individuo em especial na graduação, dessa forma há uma co-responsabilidade entre docentes e discentes nesse processo, que requerem condições adequadas para que esta ocorra de forma saudável, sendo fundamental despertar no graduando de Enfermagem a importância da família diante a recuperação do paciente. Dessa forma, torna-se fundamental compreender a família como unidade cuidadora de caráter permanente, pois os futuros profissionais exercem esse papel na maioria das vezes de forma temporária. OBJETIVO: Relatar a experiência que a graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública do nordeste brasileiro possibilita na compreensão da importância da família. METODOLOGIA: Relato de experiência para descrever as vivências do graduando de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, referentes às abordagens centradas na família. RESULTADOS: Desde o primeiro período de graduação é enfatizado a importância da assistência ao paciente de forma integral e resolutiva, sendo fundamental conhecer a realidade em que esteja inserido para que dessa forma possam ser supridas as suas necessidades de acordo com suas singularidades. Entretanto na prática essa visão não é tão clara quando não há uma visão do todo que envolve a recuperação do paciente, bem como a relação enfermeiro e paciente, enfermeiro e família, paciente e família. Tal percepção surge a partir do 5º semestre na disciplina Enfermagem Pediátrica, o que também é contemplado em outros estudos que apontam que a abordagem na família é mais enfatizada nas disciplinas saúde da criança e da mulher. Sendo despertada a partir desse período a sensibilidade de um olhar voltado para família como uma unidade estruturadora do cuidado e percebendo-se que a prática do cuidar é facilitada quando há interação enfermeiro-família-paciente. CONCLUSÃO: Percebe-se que é primordial que haja uma ênfase da importância que a família exerce durante a formação do enfermeiro para que dessa forma este possa desenvolver e aprimorar habilidades que norteiem a prática do cuidar.