INTRODUÇÃO: transplante é a substituição de um órgão ou tecido doente, por outro sadio de um doador vivo ou em Morte Encefálica (ME), indispensável para salvar vidas. Esse procedimento é um fenômeno que assume características emocionais, princípios morais, repercussões sociais e econômicas com enfoque na caracterização dos sujeitos, diante da perspectiva e evidência da equipe, doador, receptor e família. O transplante de órgãos e tecidos passou de sonho impossível a realidade, oferecendo uma chance de sobrevivência e transformando a vida de milhares de pessoas. OBJETIVOS: revisar a produção científica sobre as causas de recusa familiar à doação de órgãos e tecidos por parte de familiares de pacientes em morte encefálica. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão de literatura. A busca foi realizada em maio de 2010, nas bases eletrônicas de dados: SCIELO e BDENF, por meio dos seguintes descritores: transplante de órgãos; morte encefálica e enfermagem. RESULTADOS: foram selecionados 06 artigos, publicados nos últimos doze anos, em língua portuguesa, no modo texto completo. Os resultados das pesquisas, apontam vários fatores que favorecem a recusa familiar, dentre eles: a não compreensão e aceitação do diagnóstico de M.E, ausência de identificação e inadequação da manutenção do potencial doador na U.T.I, etnia, crença religiosa, questões culturais, morais, aspectos logísticos e administrativos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: o enfermeiro e demais profissionais de saúde devem conhecer todo processo de doação de órgãos e tecidos a fim de corrigir possíveis inadequações assistenciais e oferecer subsídios durante as avaliações clínicas e exame confirmatório de ME. Pois, a qualidade do atendimento prestado ao potencial doador, poderá propiciar a quebra de obstáculos e se traduzir em uma posição mais positiva frente à doação de órgãos e tecidos, contribuindo positivamente para a efetivação dos transplantes em nosso país.