Apesar dos avanços assistenciais e tecnológicos à gestante, a prematuridade ainda hoje é um grande problema na Obstetrícia e na Neonatologia, constituindo importante causa da mortalidade perinatal, neonatal e infantil. Este problema está relacionado a causas multifatoriais, tais como: baixo nível socioeconômico, estilo de vida das gestantes, mulheres jovens, sem cônjuge e antecedentes obstétricos, como prematuridade anterior e sangramento vaginal persistente no início da gestação. Reconhecendo, pois, a importância da pesquisa para a constante atualização e modificação da realidade vivenciada, realizamos o presente estudo com o objetivo de caracterizar a produção científica sobre parto prematuro disponível na base de dados SciELO quanto aos aspectos estruturais e de conteúdo. O estudo é descritivo, do tipo bibliográfico. A coleta de dados se deu na base de dados SciELO, por meio do descritor parto prematuro, nos meses de maio e junho de 2010. Utilizamos um formulário composto por 15 questões que eram respondidas à medida que os textos completos era lidos. Os artigos encontrados totalizaram 47, porém, após exclusão de oito em inglês e dezoito que não eram artigos originais, os mesmos somaram 21. Os resultados demonstraram que a produção científica sobre parto prematuro é realizada principalmente por médicos, do sexo feminino, com titulação máxima de mestre, predominantemente produzidas na região sudeste do país, mais especificamente na Universidade de São Paulo. O periódico que mais publicou essa temática foi a Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Além disso, o idioma mais freqüente foi o português, com predominância de médicos na autoria dos estudos, e gênero feminino. Quanto aos aspectos de conteúdo, percebemos que eram artigos originais, com três palavras-chave, abordagem qualitativa e coleta de dados em serviços de maternidade, em sua maioria feita com enfermeiros e médicos. Assim, concluímos que as publicações relacionadas à enfermagem obstétrica encontradas são de grande relevância para a prática clínica, além de apresentarem características de qualidade. No entanto, fica evidente uma falha da participação da enfermagem na comunidade científica analisada, necessitando de maior produção científica relacionado ao tema.