Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DO TRATAMENTO DA GRAVIDEZ ECTÓPICA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB
Relatoria:
LIZANDRA DE FARIAS RODRIGUES QUEIROZ
Autores:
- Maria do Socorro Trindade Morais
- Arélli Pâmella Brasileiro Chaves
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Alterações patológicas podem ocorrer no proceder da fecundação, impedindo o desenvolvimento normal do embrião, assim a gravidez ectópica (GE) é definida como uma hemorragia decorrente da primeira metade do ciclo gravídico, caracterizando-se pela implantação e desenvolvimento do zigoto em local extra-uterino, tornando possível o desenvolvimento da gestação na tuba uterina, ovário, cavidade abdominal e cérvice. O quadro clínico aliado a história obstétrica, determinarão a escolha do tratamento adequado, podendo haver necessidade de tratamentos cirúrgicos como a laparotomia, laparoscopia, salpingostomia, salpingectomia e salpingooforectomia ou mediante o tratamento clínico, disponível através do Metrotexato (MTX). Este estudo objetivou relacionar as principais condutas de intervenção utilizadas para o tratamento da gestação ectópica nos casos detectados na instituição. Trata-se de uma pesquisa documental com abordagem quantitativa, realizada em uma maternidade pública no município de Campina Grande - PB, através da análise aos prontuários referentes ao período de janeiro a dezembro de 2008. O universo do estudo teve como abrangência o total de 6.795 prontuários, com a amostra correspondente ao registro de 30 casos de GE no referido período. De acordo com os dados compilados evidenciou-se a prática da laparotomia (33,3%) e salpingectomia (33,3%) como tratamento mais realizado na instituição nos casos de GE, seguido da salpingooforectomia (16,7%), salpingostomia (13,4%) e laparoscopia (3,3%), o MTX não foi apresentado como conduta intervencionista em nenhum caso. Verifica-se no tratamento recebido pelas gestantes a relevância na utilização de técnicas que não primam pela conservação da saúde reprodutiva, sendo a salpingectomia a mais utilizada juntamente com a laparotomia. A salpingooforectomia, também considerada como prejudicial para a fertilidade, foi também utilizado em um grande número de casos. Os procedimentos como a salpingostomia e laparoscopia, que são considerados dentre os invasivos os que proporcionam uma maior conservação da fertilidade da mulher, foram realizados de forma variável. O tratamento clínico, mediante a utilização do MTX não foi referenciado em nenhum registro ao prontuário, técnicas que poderiam ser introduzidas ao tratamento desta patologia, gerando um menor custo na assistência prestada, além de expor a mulher a um menor risco de seqüelas em sua capacidade reprodutiva.