Introdução: Apesar da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem instituída no Sistema Único de Saúde em 2009 e regulamentada pela Portaria nº 1.944, verifica-se a inexpressividade das ações voltadas à saúde do homem. Evidencia-se, ainda, um aumento na incidência e prevalência das patologias que acometem o homem dentre elas cabe destacar o câncer de pênis, carcinoma de células escamosas responsável por 95% dos casos de neoplasias malignas, acomete homens entre a quinta e a sexta década de vida (CARVALHO, 2007). Segundo o INCA, em 2007, ocorreram 295 mortes por esta neoplasia e suas complicações, para 2009 foram estimados 4.637 novos casos. No Brasil, o câncer de pênis representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais freqüente nas regiões norte e nordeste, chegando a superar os casos de câncer de próstata e de bexiga (INCA, 2010). No entanto, este é um dos poucos cânceres que pode ser prevenido. Objetivo: Enfocar a relevância da participação do homem nas ações em saúde, no que tange ao câncer de pênis. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura acerca do câncer de pênis, a ser realizada na base de dados Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde (LILACS), disponível na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e na Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Os dados foram coletados no mês de maio de 2010 em artigos publicados em língua portuguesa, entre 2006 e 2010, tendo como descritor: neoplasias penianas. Resultados: Dentre os artigos pesquisados na LILACS foram encontrados 130 sendo apenas quatro em língua portuguesa, havendo dificuldade de acesso a estes. Diante disto, podemos constatar o desconhecimento acerca da etiologia dessa patologia; que o diagnóstico é obtido através de biópsia; há uma correlação entre o HPV e o câncer de pênis; percebe-se uma predisposição dos portadores de fimose a desenvolver esta doença; cabe destacar que para detecção precoce deve-se atentar para a perda de pigmentação ou manchas esbranquiçadas, lesões com cicatrização prolongada e com odor fétido, tumoração no pênis ou na virilha, e inflamações de longo período com vermelhidão e prurido. Conclusão: Evidencia-se o desconhecimento da população acerca dessa temática, assim como a inexistência de ações de promoção e proteção à saúde do homem, como também a falta de capacitação dos profissionais acerca desta temática e artigos.