O mal de Parkinson é considerado uma alteração neurológica do movimento, com progressão lenta, que eventualmente, leva a incapacidade. A enfermagem deve observar o comprometimento da mobilidade do idoso portador de Parkinson, respeitando as suas especificidades. No entanto, a maioria dos profissionais de enfermagem não insere o idoso com mal de Parkinson no seu autocuidado por considerá-los inativos diante dos tremores, rigidez ou bradicinesia. A proposta do trabalho constituiu-se na finalidade de investigar o cuidado de enfermagem ao idoso com mal de Parkinson. Trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa, sendo realizada uma entrevista semi-estruturada a três técnicas de enfermagem em determinada instituição filantrópica que presta cuidados aos idosos na cidade de Mossoró/RN. Constatamos que o serviço prestado ao idoso com mal de Parkinson restringe-se a cuidados gerais como: alimentação, higiene corporal, administração de medicamentos, realizados pelos técnicos de enfermagem e cuidadores informais, mas sem a atuação efetiva de um/uma enfermeiro/a. Evidenciou-se que não ocorre disponibilidade de atividades recreativas que contribuam para reabilitação e reinserção social do idoso, como também não são percebidas as comorbidades e as orientações quanto ao uso de medicamentos para o tratamento específico do Parkinson. Neste sentido, o cuidado de enfermagem ao idoso com mal de Parkinson necessita ser articulada contando com a participação ativa de outros profissionais, familiares e serviços de reabilitação, na perspectiva de atender o sujeito em sua dimensão singular e subjetiva.