INTRODUÇÃO:Com o processo de Reforma Psiquiátrica, discute-se um novo modelo de atenção a saúde mental, voltado para atender as necessidades do portador de transtorno mental e sua família, com serviços de base comunitária. Dados do Ministério da Saúde evidenciam que 3% da população brasileira necessitam de cuidados em saúde mental1. Todavia, a assistência à saúde mental está passando por adaptações, ou seja, as estratégias para tratamento não são mais voltadas para exclusão social e farmacoterapia isolada2. A reestruturação da assistência em saúde mental visa a reinserção do doente mental na sociedade através da ampliação dos serviços extra-hospitalares1. A Estratégia Saúde da Família(ESF) constitui ferramenta na manutenção do processo saúde-doença na comunidade, não estando preparada para oferecer apoio adequado para pacientes e familiares de portadores de patologias mentais, mesmo esse serviço possuindo estratégias que o tornam ideal para diagnosticar, reabilitar, fornecer apoio e empoderamento aos usuários. OBJETIVO:Objetivou-se analisar as ações de saúde mental na estratégia saúde da família, apontadas pela literatura. METODOLOGIA:Realizou-se uma revisão bibliográfia, procurando-se identificar as ações de saúde mental apontadas pela literatura que podem ser desenvolvidas na ESF. As informações levantadas foram organizadas em caderno de registro e analisadas. DISCUSSÃO:Na ESF podem ser desenvolvidas ações de identificação de casos, prevenção de crises, oficinas de geração de renda, prevenção ao abuso de substâncias químicas. Verificou-se que a relação terapêutica é um dos entraves na reinserção do paciente na sociedade. Os dados apontaram que indicadores de Saúde Mental não são contemplados no SIAB, prejudicando, o levantamento do número de famílias com portadores de doença mental, fazendo-se necessário, a inserção desses indicadores no sistema para um melhor monitoramento dos aspectos relacionados à saúde mental. Destaca-se a aplicabilidade da intervenção com enfoque familiar, mostrando as seguintes necessidades: identificar problemas que põem em risco a saúde mental dos grupos, proporcionar soluções comunitárias e na própria família, fortalecendo seus membros3. CONCLUSÃO:Verificou-se que a aplicabilidade de ações de saúde mental na ESF, fortalece a rede de cuidados a saúde da população, através de prevenção/promoção da saúde mental, bem como ao portador de transtorno mental e sua família, favorecendo sua reabilitação psicossocial e reinserção social.