A Consulta de Enfermagem nas unidades básicas de saúde proporciona orientação de medidas favoráveis que visam à abordagem apropriada às necessidades peculiares das mulheres que faz pré-natal. Num esforço de síntese de justificativa da investigação, lembramos que as tentativas de dar voz à mulher-gestante como foco precípuo de atenção dos serviços de saúde em unidades básicas são muito relevantes e atuais, uma vez que ampliam oportunidades de reflexão quanto à qualidade da atuação do profissional enfermeiro. Na tentativa de responder a seguinte questão norteadora: A puérpera percebe a importância do pré-natal? Elegemos como objeto deste estudo a percepção da puérpera sobre a importância do pré-natal, com objetivo de descrever e discutir o conhecimento da puérpera sobre o pré-natal. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado com oitos puérperas internadas na Maternidade do Hospital Regional Alarico Nunes Pacheco em Timon – MA. Em atenção a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que normatiza a pesquisa envolvendo seres humanos, este estudo teve apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santo Agostinho (FSA) e nas visitas as enfermarias, inicialmente foi explicado do que se tratava o estudo, seus benefícios e objetivos, convidado, então, as puérperas a participarem da entrevista, garantindo os aspectos éticos previstos neste documento. A análise do conteúdo permitiu centralizar os resultados em duas categorias temáticas: Percebendo-se como mãe e Proteção ao bebê. Na primeira os discursos agrupados revelaram os sentimentos maternos que surgiram e se aprofundaram durante as consultas do pré-natal; e na segunda categoria foram incluídos os discursos que revelaram conhecimento sobre a proteção do bebê e a prática deste após informações obtidas durante o pré-natal. Os resultados demonstraram que estas mulheres vêem o pré-natal como um momento que inicia o vínculo mãe filho, pois já inicia a aceitação de suas reais responsabilidades, além de demonstrarem conhecimento sobre a proteção ao bebê ao valorizarem cada informação repassada durante o pré-natal sobre esse cuidado. Infere-se, portanto, que o estabelecimento de uma escuta ativa, aliada a uma prática de comunicação/informação adequada junto às gestantes, contribui para que essas mulheres ganhem autonomia, passando a participar da promoção de sua saúde e a do concepto.