Com o avanço da idade, ocorre um declínio não linear da capacidade funcional do sistema ósseo, que ao se tornar mais intenso pode resultar no aparecimento da osteoporose, caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura, aumentando assim a sua fragilidade. Essa doença atinge cerca de um terço das mulheres na pós-menopausa, tornando-se uma das doenças osteometabólicas mais comuns, responsável pelo alto índice de morbimortalidade entre os idosos, com enormes repercussões sociais e econômicas, provocando grande impacto na qualidade de vida e grau de independência nos indivíduos acometidos. O objetivo do estudo foi implementar o processo de enfermagem a uma paciente portadora de osteoporose com fatores de risco associados, identificando as condições dos cuidados prestados no contexto sócio-econômico e cultural. Trata-se de um relato de experiência realizado nos estágios curriculares da disciplina Processo de Enfermagem no Cuidar III, do curso de graduação da Universidade Regional do Cariri – URCA. O instrumento utilizado foi a anamnese, exame físico e dados complementares da paciente seguindo os Padrões de Wanda Horta, após assinatura do termo de consentimento, considerando a Resolução n° 196/96, do Ministério da Saúde, que aborda as pesquisas envolvendo seres humanos. O histórico de enfermagem descreve uma mulher com 62 anos de idade, aposentada, natural de Iguatu/Ceará, com fatores de risco associados à osteoporose, como a intolerância à lactose e sua faixa etária. Destacaram-se os diagnósticos de enfermagem: Controle ineficaz do regime terapêutico relacionado aos ajustes difíceis de estilo de vida; Risco de quedas relacionado ao comprometimento ósseo e senilidade. Entre as prescrições citam-se: Conseguir a colaboração da paciente para a mudança de hábitos, reconhecendo suas dificuldades bem como fornecer apoio e estímulo; Ajudar a paciente a identificar os problemas que podem ter impacto sobre a adesão à dieta e possíveis soluções para os mesmos; Incluir a paciente e a família no planejamento do cuidado e prevenção de quedas. Após o acompanhamento durante visitas domiciliares, foi aconselhada a participar de um grupo de idosos para o cuidado continuado. O processo de envelhecimento requer um cuidado integral e holístico, sendo essencial a atuação do enfermeiro, como promotor e educador da saúde, ao buscar estratégias que privilegiem a paciente e suas angústias, de forma que a mesma vivencie uma autonomia saudável.