A gestação é um fenômeno fisiológico e sua evolução se dá, na maior parte dos casos, sem complicações ou anormalidades. Entretanto, uma parcela das gestantes que, por terem características específicas ou por sofrerem algum agravo, apresentam probabilidades de evoluir desfavoravelmente, tanto a mãe como o feto, classificadas como gestantes de alto risco. As necessidades de saúde do grupo de alto risco geralmente requerem atenção e técnicas mais especializadas. A doença hipertensiva específica da gestação é o distúrbio mais comum na gravidez, sendo caracterizada pelo aparecimento, em grávida normotensa, após a vigésima semana de gestação, de hipertensão, proteinúria e edema. É uma das complicações de maior morbimortalidade materna e perinatal, requerendo qualidade na assistência durante o ciclo gravídico-puerperal. O objetivo do presente estudo é descrever ações de enfermagem no cuidar das gestantes portadoras de síndromes hipertensivas. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, para obtenção de dados foram utilizadas duas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde: MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde) e LILACS (Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), no período de 2004 a 2009. Foram utilizadas as combinações dos seguintes descritores: eclampsia, pré- eclâmpsia, HELP, enfermagem, gestação de alto risco, resultando em 26 artigos científicos. Após a análise dos artigos, a discussão foi baseada em cima dos principais temas abordados pelos estudos: síndromes hipertensivas na gestação, gestação de alto risco e os cuidados de enfermagem na doença hipertensiva específica da gravidez. Ressalta-se a contribuição científica das pesquisas realizadas sobre a temática, principalmente pela associação das síndromes hipertensivas na gestação como a principal causa de morte materna no Brasil. Foi observado que o tratamento no inicio na doença permite que o processo toxêmico não evolua para as formas mais graves, eliminando um prognóstico materno-fetal sombrio. Dentre as conclusões, aponta-se que os enfermeiros que atuam na assistência pré-natal devem refletir cotidianamente sua prática e buscar identificar precocemente problemas de saúde na gestante, garantindo um cuidar de qualidade, que favoreça o desenvolvimento de uma gravidez saudável e a possibilidade de um parto sem complicações.