Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
HANSENIASE E A RELAÇAO COM FATORES SOCIECONOMICOS
Relatoria:
ELAYNE CRISTYNA DA COSTA ALVES
Autores:
- ANA LIDIA VIEIRA DE CARVALHO
- ADRIANA GONÇALVES DE BARROS
- HANNA LOUYSE RIBEIRO
- MARIA ELDA ALVES DE LACERDA CAMPOS
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hanseníase é uma doença milenar, infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, que se manifesta através de sinais e sintomas dermatoneurológicos. Por tratar-se de uma patologia que, por muitos anos, permaneceu incurável, trouxe consigo uma carga incomensurável de estigma, que até hoje persiste. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nas décadas de 1980 e 1990, a carga global de casos de hanseníase diminuiu em quase 90%. No entanto, ainda é considerada um grave problema de saúde pública por seu potencial incapacitante e por ser uma doença contagiosa. No Brasil, a doença faz parte das prioridades de gestão do Ministério da Saúde (MS), através do programa de controle da Hanseníase (PCH), cujo objetivo principal é capacitar os profissionais de saúde para que assumam as ações de controle da Hanseníase em nível municipal. Dessa forma, definimos a temática dessa pesquisa com o objetivo de avaliar a relação da situação socioeconômica e a ocorrência desse agravo à saúde. Constitui-se numa revisão bibliográfica, cuja metodologia utilizada constou da leitura e análise de artigos e textos de livros, escritos por autores e pesquisadores que abordam a temática em questão. Foi possível verificar que essa doença ocorre em todos os continentes, principalmente em regiões tropicais, que coincidem com os países de maiores dificuldades econômicas, e desigualdades sociais. Dentre os países endêmicos, o Brasil ocupa o 2º lugar em números de casos, ficando atrás apenas da Índia. Pode-se concluir que nos países endêmicos, como o Brasil, observam-se diferenças na prevalência entre regiões, estados, municípios, concentrando-se principalmente nos bolsões de pobreza, visto que as condições socioeconômicas e culturais têm grande influência na distribuição e propagação da endemia. Em função dessas diferenças é de grande importância o desenvolvimento de ações como a descentralização dos serviços, busca de casos, diagnóstico precoce e informação dos sinais e sintomas para a população, essas são algumas medidas necessárias para o controle dessa endemia milenar.