INTRODUÇÃO: o pré-natal (PN) é essencial para que a gestação ocorra sem percalços tanto para a mãe quanto para o bebê, garantindo qualidade de vida no pré, intra e pós-parto. Se efetivado de forma integral é realizado por meio do acolhimento e oferecimento de respostas a todas as perguntas no intuito de reduzir o medo, ansiedade e dúvidas. A cobertura da assistência PN ainda está muito aquém do que deveria ser, embora tenha aumentado nas últimas décadas. OBJETIVO: identificar os fatores que interferem na adesão de gestantes ao pré-natal no início da gravidez. METODOLOGIA: estudo qualitativo realizado com seis mulheres que iniciaram PN tardio em quatro UBSF de Campina Grande/PB no ano de 2009, por meio de perguntas abertas que permitiam que as mesmas externassem seus motivos. Obedece as normas da ABNT. RESULTADOS: com relação ao motivo pela não procura ao PN, classificou-se as gestantes em quatro categorias: I – Não conhecer a importância do acompanhamento mensal das consultas PNs; II – Não conhecer a fisiologia do organismo; III – Haver quebra do serviço prestado pelo PSF; IV – Rejeição. Na categoria I, obteve-se o seguinte depoimento: “Porque estava realizando exames por conta própria” (E.1). O depoimento retrata a falta de conhecimento acerca da importância do PN. Na categoria II, observou-se o seguinte: “Estava em dúvida sobre a data da minha última menstruação.” (E.2) “Porque não sei a data da minha menstruação.” (E. 3) “Porque eu não sentia nenhum sintoma típico da gestação.” (E.4) Os relatos demonstram pouco conhecimento acerca da adaptação do organismo com uma gestação, visto que essas mulheres só se preocupam com a ausência do fluxo menstrual. Na categoria III, tem-se a fala; “Está faltando enfermeira” (E.5) que mostra a procura do serviço de saúde num processo de auto-cuidado. A categoria IV teve como justificativa a fala: “Porque eu não queria a barriga, e não estava nem aí para iniciar o pré-natal, tô separada do meu marido e saí com ele, mas a gente não voltou, e aí eu engravidei.” (E.6). O relato mostra que não há vínculo entre a gestante e os profissionais de saúde, vínculo que poderia suprir angústias e medos a respeito de uma gestação, especificando a importância do PN. CONCLUSÃO: os profissionais da saúde deveriam estimular o interesse dessas mulheres pelo PN, proporcionando orientações, incentivos, demonstrações práticas durante as consultas, a fim de mostrar a importância dessa prática para o binômio mãe-filho na procura precoce.