A adolescência é uma fase da vida marcada por grandes mudanças biopsicossociais, tais como, maturação dos caracteres sexuais secundários, transformações sócias, sexuais e emocionais, inicia logo após a infância e antes da fase adulta. Nessa etapa o indivíduo busca maior autonomia, explora novos mundos com o intuito de conquistar uma independência socioeconômica e emocional dos pais, como também na elaboração da identidade pessoal e sexual. Revelando, em alguns casos, atitudes que precisam ser repensadas com relação às práticas sexuais desses jovens, uma vez que os enquadram em grupos de risco para as doenças sexualmente transmissíveis – DST/AIDS e gravidez precoce. Diante disso, percebe-se ser fundamental o desenvolvimento de atividades educativas com esse público. A educação em saúde fortalece o vínculo com os sujeitos, a comunidade e instituições representativas, portanto, ferramenta imprescindível à reorientação dos hábitos desenvolvidos pelos indivíduos a hábitos saudáveis. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de estudantes de enfermagem da UFRN e da UERN, integrantes do projeto de extensão “Epidemiologia no contexto do SUS” da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí/UFRN- Santa Cruz/RN ao desenvolverem uma atividade de educação sexual com adolescentes de Santa Cruz/RN. A metodologia desenvolveu-se através da captação da realidade, planejamento e por fim regência em sala com aula expositiva e dialogada. Os pontos explorados foram: o reconhecimento dos órgãos sexuais e suas transformações por parte do adolescente, o processo de fecundação, os métodos contraceptivo e algumas DSTs. Utilizaram-se recursos de multimídia, cartazes e atividades lúdicas. Participaram das atividades 20 adolescentes de 15 a 18 anos de idade, do 1º ano do ensino médio de uma escola pública, no mês de novembro de 2009. Observou-se que os adolescentes possuem pouco ou quase nenhum conhecimento no que diz respeito à educação sexual. Diante disto percebe-se de grande importância a criação de um espaço de diálogo entre os adolescentes, momento este que pode ser proporcionado pelo profissional de enfermagem na escola, visto que esse é um ambiente propício a disseminação de conhecimentos, contribuindo com o processo de aprendizagem, tornando-se parceiros no ato de educar e favorecendo o adolescente a tomar uma postura mais saudável e consciente da responsabilidade com sua saúde.