A gravidez na adolescência está associada com o aumento na taxa de evasão escolar e, isso pode aumentar a probabilidade de persistirem as diferenças econômicas e sociais, configurando assim ponto de interesse social e problema de saúde pública. O estudo teve como objetivo analisar o conhecimento, atitude e prática de adolescentes grávidas atendidas em um hospital de atenção secundária no município de Fortaleza-Ce sobre o pré-natal. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa com 46 adolescentes grávidas utilizando o questionário autoaplicável no período de abril e maio de 2010. Os resultados evidenciaram a média de idade de 16,6 anos, a maioria vivia em união consensual e tiveram média de 12 anos de estudo. Os dados revelaram adequado conhecimento por 63% das adolescentes, sobre o início do pré-natal, o número de consultas, vacinação, orientações, exames laboratoriais e procedimentos clínicos conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), entretanto, as informações sobre as queixas comuns foram inadequadas, evidenciando a importância dos profissionais de saúde na difusão das informações necessárias para elas vivenciarem uma gestação saudável e detectar precocemente possíveis complicações. A atitude foi adequada em 74% das adolescentes grávidas. Em relação às práticas de saúde, 74% tiveram uma prática inadequada da participação dos familiares e companheiros, obteve-se uma prática limitada voltada para a ajuda financeira, apoio emocional e comparecimento as consultas de pré-natal. Os profissionais de saúde, as informações fornecidas por eles foram escassas para a realização adequada das práticas de saúde pelas adolescentes, sendo as mais citadas o comparecimento as consultas de pré-natal, as mudanças no estilo de vida e o autocuidado com as mamas. A disponibilidade do conhecimento adequado fornecido pelo serviço de saúde favoreceu uma atitude adequada frente ao pré-natal e a gravidez, porém, foram insuficientes para elas demonstrarem o conhecimento através das práticas de saúde adequadas. Ressalta-se, portanto, a importância de conhecer a intersubjetividade da gestante incluindo a participação da família e do companheiro para que esta possa construir seus projetos de vida, ter satisfação com o serviço e felicidade na gravidez.