Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
EVOLUÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO NORMAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Relatoria:
AMURAB SANTIAGO DE CARVALHO MENDES
Autores:
- LOURIVAL GOMES DA SILVA JÚNIOR
- IONARA HOLANDA DE MOURA
- JULIANA GONÇALVES DA SILVA
- CAMILLA PONTES BEZERRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Historicamente a assistência ao parto era de responsabilidade exclusivamente feminina, pois apenas as parteiras realizavam essa prática. Entretanto, partir do século XX na década de 40, foi intensificada a hospitalização do parto, que permitiu a medicalização e controle do período gravídico puerperal e o parto como um processo natural, privativo e familiar, passou a ser vivenciado na esfera pública, em instituições de saúde com a presença de vários atores conduzindo este período. Objetivo: Analisar a evolução da assistência de enfermagem ao parto frente aos diferentes paradigmas assistenciais. Metodologia: O estudo foi do tipo revisão bibliográfica. Utilizou-se a base de dados BDENF, com recorte temporal de cinco anos (2005 a 2010), usando-se formulário validado. Resultados: Foram encontrados e avaliados 18 artigos clássicos. Observou-se que o cuidado prestado à mulher durante o processo de parir sofreu muitas modificações através dos tempos, decorrentes da medicalização e institucionalização do parto, dos avanços tecnológicos e do desenvolvimento da medicina. Tais mudanças tornaram o parto um processo impessoal em prol da redução da mortalidade materna e neonatal. Atualmente, um novo conceito de atenção à saúde, que focaliza a garantia de qualidade de vida desde o nascimento, vem sendo proposto. A enfermeira tem sido reconhecida pelo Ministério da Saúde e outros órgãos não governamentais, como a profissional que possui formação holística e procura atuar de forma humanizada no cuidado à parturiente tanto nas casas de parto, como nas maternidades. Conclusão: A assistência à mulher no período gravídico puerperal no Brasil ainda está focada no modelo biomédico, que fragmenta o ser humano, apesar do movimento da humanização defender o parto natural e fisiológico realizado por enfermeiras. Dentro deste contexto, cabe aos gestores, profissionais de saúde e comunidade reivindicar a implantação de políticas públicas, destinadas ao atendimento da mulher durante o parto.