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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
EUTANÁSIA EM ENFERMO TERMINAL: CONCEPÇÕES DE MÉDICOS E ENFERMEIROS INTENSIVISTAS
Relatoria:
ISAURA RAQUEL NOGUEIRA DE MEDEIROS
Autores:
  • KAMILA VIEIRA RIBEIRO
  • MARIA CIDNEY DA SILVA SOARES
  • CHIRLAINE CRISTINE GONÇALVES
  • GEANE SILVA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A eutanásia tinha um significado de morte honrosa, sem sofrimentos atrozes, bonita, atualmente tomou uma definição diferente, sendo, portanto definida como o emprego ou abstenção de procedimentos que possibilitem antecipar ou provocar o óbito de um paciente com doença incurável na intenção de livrá-los dos intensos sofrimentos que o acometem. Embora se tenha evoluído consideravelmente as discussões a respeito, ainda se receiam falar sobre a mesma, principalmente entre profissionais de saúde uma vez que o artigo 66º do Código de Ética de Medicina é vedado ao médico a utilização, em qualquer situação, meios a fim de abreviar a vida do paciente, mesmo que a pedido deste ou de seu responsável legal. Porém, percebe-se que o profissional de saúde encara certo grau de dificuldade para admitir que não há mais “nada” para fazer pelo paciente. Sendo assim, é comum que tal profissional lute para manter o paciente vivo, colocando-o em uma situação de desnecessário sofrimento. Dessa forma, alguns profissionais que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva, a exemplo de enfermeiros e médicos, tem visões diversas sobre o tema, levando a questionamentos a favor e contra essa prática. Portanto, este trabalho teve como objetivo principal investigar percepções de enfermeiros e médicos intensivistas, no tocante a prática da eutanásia em enfermos terminais. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa realizada entre novembro e dezembro de 2009 em duas unidades de terapia intensiva no município de Campina Grande – PB. Participaram do estudo 3 médicos e 10 enfermeiros intensivistas, através da entrevista semi-estruturada, só sendo operacionalizada após anuência do comitê de ética e pesquisa do CESED. Os dados foram analisados através da análise categorial temática proposta por Bardin (1997). Os discursos possibilitaram o surgimento de duas categorias, a saber: Concepções acerca da eutanásia; Posicionamento em relação a prática da eutanásia. Os resultados apontam que os enfermeiros e médicos intensivistas reconhecem os sentimentos atrozes vivenciados pelos pacientes irreversíveis. Porém não optam por meios como as práticas da eutanásia, voltadas a minimização de tais sofrimentos, uma vez que infringiria principalmente os aspectos jurídicos, religiosos e éticos que lhe são impostos.Dessa forma, consideramos que a eutanásia ainda é um tema bastante polêmico e carece de discussões maiores principalmente em se tratando de enfermos em estado terminal.