Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
IMUNIZAÇÃO ENTRE ADOLESCENTES GRÁVIDAS: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Relatoria:
ANTONIO TIAGO DA SILVA SOUZA
Autores:
- Adna Maria Castro
- Detrude Alves Azevedo
- Maria de Pádua Martins
- Kádja Karla de Sousa Magalhães
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O estado vacinal inadequado das adolescentes se constitui em um fator de extremo risco, considerando que é nesta fase da vida que a gravidez indesejada é muito freqüente, o que pode trazer drásticas conseqüências para elas e para o concepto. Os objetivos do trabalho foram identificar as vacinas de rotina que compõem o calendário básico de vacinação do adolescente e caracterizar os riscos para a adolescente e o concepto quanto a exposição às doenças evitáveis por imunizantes. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, realizado nos bancos de dados Scielo e Bireme no período de janeiro a abril de 2010. Os critérios para a seleção foram publicações de origem nacional do período de 2005 a 2009, sendo selecionados 12 artigos. De acordo com o PNI, as vacinas de rotina que compõem o calendário básico de vacinação do adolescente são as que seguem: dupla adulta (contra difteria e tétano), dupla viral (contra sarampo e rubéola) ou tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), contra Hepatite B e antiamarílica (contra a febre amarela). Constatou-se que as adolescentes sabem muito pouco sobre vacinação em geral, apresentam ainda baixos níveis de percepção da suscetibilidade e gravidade das doenças, e adotam comportamento de alto risco de contaminação, tais como atividade sexual sem proteção, uso de piercings e tatuagens e outros. A falta de proteção (vacinação) contra a hepatite B, cuja transmissão é predominantemente sexual implica em riscos de contrair a doença, podendo como conseqüência se cronificar, ter cirrose ou câncer hepático. No caso das adolescentes grávidas, o filho pode nascer com hepatite B e dentre outros problemas pode vir a óbito ou mesmo nascer morto. Com relação à vacina tríplice viral (VTV), é fundamental que ao engravidar a adolescente esteja protegida, pois a mãe suscetível poderá contrair a doença durante a gestação e expor o concepto à rubéola congênita, cujas conseqüências são danosas. O recém-nascido com a Síndrome da Rubéola Congênita, poderá nascer morto, ou com baixo peso, com glaucoma e catarata, com doença mental, com cardiopatia congênita, além do risco de apresentar diversas mau formações. A dupla bacteriana (dT) objetiva prevenir o tétano neonatal. Conclui-se a importância de saber que uma simples orientação aos adolescentes sobre a necessidade da imunização não é suficiente. É preciso implementar estratégias de exigência do cumprimento do esquema vacinal.