Introdução: O cuidado com a pele do paciente é uma atividade importante da equipe de enfermagem. A úlcera por pressão (UP) é caracterizada por uma lesão cutânea, superficiais ou profundas, usualmente localizadas, sobre proeminência óssea, que, após um período de fluxo sanguíneo deficiente, os nutrientes deixam de ser carreados para a célula e os produtos de degradação se acumulam, assim, ocorre à isquemia seguida de hiperemia, edema e necrose tecidual, evoluindo para a morte celular. Objetivos: Isolamento, identificação e análise de resistência da população microbiana presente na úlcera de pressão. Metodologia: Este estudo apresentou uma abordagem de caráter prospectivo e quantitativo. Participaram 16 pacientes acometidos com UP internados na UTI de três hospitais de médio e grande porte da cidade de Petrolina-PE durante o período de dez meses. O material biológico isolado dos pacientes foi analisado em um laboratório da rede particular. Processado e realizado testes de resistência microbiana. Resultados: Dos 16 pacientes, foram oito homens e oito mulheres. A média de idade foi de 68 anos e o tempo de internação 35 dias. A região do corpo mais acometida pelas UPs foi a sacral (75%) e com relação ao grau de comprometimento, encontrou-se 62,5% no estágio III. Em relação as bactérias patogênicas isoladas, cinco foram positivas para Enterobacter sp., três para Staphylococcus aureus, duas para Citrobacter sp. e Klebsiella sp., uma para Aerobacter sp., Edwarsiella sp., Pseudomonas sp. e Escherichia coli. O teste de antibiograma apresentou uma elevada resistência em relação aos microrganismos isolados, mostrando que dos 16 microrganismos isolados 15 apresentaram resistência as quinolonas, 15 aos β-lactâmicos, 15 as cefalosporinas, 11 aos aminoglicosídios, cinco ao macrocíclico, 16 ao macrolídios.Conclusão: Pôde-se observar que as UPs foram mais frequentes em pacientes idosos (> 60 anos); a região do corpo mais acometida pela lesão foi à sacral; o grau III de comprometimento foi o mais frequente; as bactérias patogênicas mais prevalentes foram Enterobacter sp., e Staphylococcus aureus. Os isolados analisados apresentaram um elevado grau de resistência aos antimicrobianos.