INTRODUÇÃO: Cerca de 30 a 50% dos pacientes internados em UTI recebem sedativos, tendo como indicação mais comum a manutenção da ventilação mecânica. Além disso, a sedação é necessária em pacientes com quadros de ansiedade, agitação e comprometimento do sono, já que os pacientes internados em UTI estão constantemente expostos a sofrimentos psíquicos que podem comprometer a sua recuperação. OBJETIVO: Fornecer subsídios para discussão do tema enfocando a participação ativa de enfermeiros de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na interrupção diária da sedação em pacientes com sedação contínua. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, através de revisão de literatura do tema abordado, através de artigos indexados na base de dados do Lilacs e Medline. DISCUSSÃO: Nos pacientes que estão em suporte de ventilação mecânica, os sedativos são instituídos para aliviar a ansiedade, diminuir o consumo excessivo de oxigênio e tranquilizar. Porém muitas vezes as drogas sedativas são prescritas com maior freqüência para compensar inquietações da equipe médica ou prover condições convenientes para a prática de Enfermagem, do que em resposta às necessidades dos pacientes. Também, o uso indiscriminado de sedativos em UTI pode provocar sedação profunda desnecessária com maior risco de infecção e aumento do tempo de internação, do uso de ventilação mecânica e da morbimortalidade. Para isso a interrupção diária da sedação vem sendo cada vez mais instituída nas UTI’s com o objetivo de avaliar o nível de consciência, a fim de evitar os danos citados e promover uma avaliação criteriosa do nível de sedação. A implementação do uso de protocolos de interrupção diária da sedação, com autonomia do Enfermeiro, em pacientes submetidos à sedação contínua e ventilação mecânica tem demonstrado que os mesmos apresentam diminuição no tempo de internação na UTI e no uso da ventilação artificial e na morbimortalidade. CONCLUSÃO: É importante o conhecimento da interrupção diária da sedação para que o enfermeiro a incorpore na sua prática através de protocolos, com vistas ao benefício do paciente e crescente autonomia da Enfermagem.