Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
ANALISE DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA A MULHER EM PROCESSO DE ABORTO LEGALIZADO
Relatoria:
PAULA KARINE PORTELA PORTUGAL
Autores:
- Marcia Caroline Nascimento Sá
- Valeria oliveira Moreira
- Adriana Laís Oliveira Saraiva
- Felipe Barros Nolêto
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
(INTRODUÇÃO): O Código Penal Brasileiro permite a realização do aborto quando não há outro meio de salvar a vida da mãe, e quando a gravidez resulta de estupro. No entanto, esta situação ainda constitui um desafio para a enfermagem, uma vez que sentimentos de dúvida e questões éticas estão envolvidos. A forma como cada profissional entende a participação no aborto legal varia e pode gerar desconfortos pessoais, profissionais e comportamentos de fuga. Por este motivo, é importante conhecer as variáveis comportamentais que interferem nessa assistência e saber se elas chegam a caracterizar um paradigma comportamental. (OBJETIVO): analisar o comportamento da equipe de enfermagem em torno da realização de um abortamento legalizado. (METODOLOGIA): aplicou-se o método de Análise de Conteúdo por meio de revisão bibliográfica de artigos científicos publicados nos principais periódicos brasileiros de enfermagem, além de monografias e teses sobre o assunto. (RESULTADOS): A análise literária mostrou que os membros da equipe de enfermagem concordam com a realização do aborto em casos de anencefalia, de gravidez resultante de estupro e de risco de morte para a mãe, no entanto os motivos que levam a essa concordância ou uma possível discordância podem variar. Em primeiro lugar vem a submissão dos mais velhos a outros profissionais. Outro fator consiste no desconhecimento do Art. 45 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, que garante o direito de não participação no aborto legalizado. Temos ainda a dependência da opinião de outros profissionais da equipe, e por fim, os valores morais e religiosos. Apesar de terem sido criados para ver o aborto como um crime, os enfermeiros tentam ser imparciais na assistência á mulher em processo de aborto legal. Comparada a opinião de outros profissionais da área da saúde, o enfermeiro tem maior resistência em aceitar o aborto legal, mas compartilha a mesma opinião quando afirma que a imparcialidade deve estar presente nesta ação, e que é mais fácil aceitar o aborto realizado para salvar a vida da mãe, do que em mulheres que sofreram abuso sexual. (CONCLUSÃO): apesar dos sentimentos conflitantes envolvidos na realização do aborto legal, o enfermeiro aceita este ato, seja por submissão, desconhecimento da lei ou conscientização de seu papel nesta assistência. Compartilha ainda, em grande parte a opinião dos outros profissionais da saúde ao perceber que aceitar este ato é respeitar o direito da mulher.