INTRODUÇÃO: Atualmente, a ESF representa um meio importante de inserção de profissionais no mercado de trabalho, especialmente para aqueles em início de carreira. Dessa forma, arvoram-se esforços na formação de um novo profissional da saúde, que deve compreender o processo saúde-doença na perspectiva da vigilância à saúde como um eixo integrador de sua prática. Diante disso, o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação instituiu o Programa de Educação pelo Trabalho e para a Saúde (PET-Saúde) com o objetivo de desenvolver ações de ensino-pesquisa-extensão, na tentativa de promover uma formação acadêmica socialmente comprometida e cidadã. OBJETIVO: Apreender a representação social do enfermeiro, médico e odontólogo (preceptores do projeto PET-Saúde) sobre a ESF, enquanto campo de prática dos mesmos. Por sua dinamicidade e capacidade de descrição da realidade cotidiana, a Teoria das Representações Sociais consiste em um valioso recurso utilizado em diversas áreas do conhecimento. METODOLOGIA: Estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, realizado em 11 Unidades de Saúde da Família (USF) que integram o Projeto PET-Saúde Natal (RN). A população foi composta por 22 enfermeiros, 14 médicos e 13 odontólogos, totalizando 49 profissionais das USFs vinculadas ao PET-Saúde Natal (RN), os quais exercem o papel de preceptores dos alunos de graduação dos referidos cursos. No entanto, devido ao critério de saturação a amostra foi composta por 05 profissionais de cada categoria. Para a coleta dos dados utilizaram-se três instrumentos: o desenho-estória com tema, a entrevista individual semi-estruturada e um diário de campo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte através do protocolo 190/09. RESULTADOS: Os caminhos percorridos permitem divulgar, de forma preliminar, que a ESF é apreendida pelos profissionais preceptores do PET-SAÚDE como um espaço onde é imprescindível o trabalho em equipe, que se inscreve a partir de suas fortalezas e fragilidades, o vínculo profissional-usuário e a definição do território de atuação da equipe. Destaca-se a existência de diversas fragilidades entre as quais: equipes incompletas, problemas no sistema de referência e contra-referência, sobrecarga dos profissionais. CONCLUSAO: A ESF constitui um marco na assistência à saúde no SUS, demonstrando ser eficaz, porém ainda possui diversas fragilidades que impedem o seu avanço.