INTRODUÇÃO: Trata-se de um relato de experiência vivenciado durante assistência de enfermagem prestada à pacientes internados na unidade neurológica de um hospital em Fortaleza-Ce, onde deparamos com um paciente jovem, vítima de AVC isquêmico causado por consumo de cocaína/crack. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada durante o desenvolvimento de atividades assistenciais da disciplina de enfermagem clínica a um paciente portador de AVC isquêmico usuário de drogas de abuso. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência tendo por base uma pesquisa bibliográfica no banco de dados lilacs, scielo e bireme, onde utilizou os seguintes descritores: AVC, drogas de abuso, cocaína. Nessa pesquisa, compreendida entre 15 de abril a 27 de maio de 2010, procuramos conhecer a fisiopatologia, diagnósticos e cuidados de enfermagem. RESULTADOS: Na literatura estudada observamos que o acidente vascular isquêmico ocorre em 80 % dos casos e consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo nas funções neurológicas dependentes daquela região afetada. Alguns dos fatores de risco comprovados na sua origem são a hipertensão arterial, doença cardíaca e diabetes Além de outros fatores como o uso de pílulas anticoncepcionais e álcool. Porém uma nova associação que tem sido feita ao AVC: o uso de drogas como o crack e a cocaína, já que cocaína é potente vasoconstritora e causa picos hipertensivos, arritmias e contração das coronárias. Diagnósticos de enfermagem: Manutenção ineficaz da saúde relacionada aos hábitos de vida, incluindo vícios. Processos familiares disfuncionais: abuso de drogas, relacionado com o estilo de vida. Ansiedade relacionada com o desconhecimento de sua patologia e prognóstico. Cuidados de enfermagem: Esclarecer o paciente quanto aos riscos e malefícios causados pelo consumo de drogas, e encaminhá-lo à ajuda profissional. Orientar o paciente da importância de manter hábitos de vida saudável, e os elos familiares estabelecidos, a fim de encorajá-lo a abandonar o vício. Esclarecer as dúvidas do paciente assim como torná-lo participante ativo de seu processo de cura. CONCLUSÃO: Durante o estudo foi possível identificar o fator causador da patologia do paciente e participar ativamente de sua conscientização a respeito de sua condição de vida. Além disso, serviu para me despertar a respeito da juventude envolvida com drogas de abuso e sua associação com quadros clínicos graves.