INTRODUÇÃO: A disfunção renal é uma síndrome clínica caracterizada por um declínio da função renal com acúmulo de metabólitos e eletrólitos, que pode ser subdividida em insuficiência renal aguda (IRA) e insuficiência renal crônica. OBJETIVO: Fornecer subsídios para atuação da equipe de Enfermagem, com práticas baseadas em evidências, na identificação da Lesão renal aguda em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, através de revisão de literatura do tema abordado, através de artigos indexados na base de dados do Lilacs e Medline. DISCUSSÃO: A IRA é uma condição muito frenquente em pacientes críticos e causa grande impacto aos pacientes admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva(UTI), possuindo incidência de até 71% associada a taxa de mortalidade hospitalar de até 90%. Porém, mesmo com todo esse reconhecimento, há uma falta de um consenso de definição de IRA, ocorrendo mais de 30 conceitos para essa enfermidade. Com o intuito de padronizar as definições e classificação da IRA foi criado o RIFLE (Risco de disfunção, Injúria renal, Falência da função renal, Perda da função renal e Estágio final da doença) em 2002. A partir daí o RIFLE se tornou um critério bastante utilizado em UTI para diagnosticar a IRA. Esta tem como fatores contribuintes para sua instalação as circunstâncias frequentemente encontradas em UTI’s como a sepse, o choque séptico e o uso de drogas vasoativas. Uma vez instalada, a disfunção renal aguda progride, com necessidade de terapia de restituição renal em cerca de 5% dos pacientes críticos, daí a importância de um diagnóstico rápido e preciso. Nesse contexto o Enfermeiro insere-se como o profissional mais próximo ao paciente, podendo calcular facilmente o risco de o paciente desenvolver a IRA através dos critérios do RIFLE. CONCLUSÃO: O uso do critério RIFLE em UTI é muito importante para padronização do diagnóstico rápido de IRA e de forma acessível, assim o Enfermeiro deve estar sempre atento aos critérios avaliados pelo RIFLE a fim de otimizar o tratamento do paciente crítico contribuindo para sua mais rápida recuperação, com menor risco de seqüela renal.