Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
INTERNAÇAO HOSPITALAR EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS E SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE
Relatoria:
ISABELA BRASIL DO AMARAL
Autores:
- Maria do Socorro Vieira Lopes
- Samia Jordana Pereira Emidio
- SILVANA HÉLIA CHAVES MAIA
- TATIANA DE VASCONCELOS CARNEIRO -
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O perfil da morbidade de crianças é considerado parâmetro básico para o estabelecimento das necessidades de saúde desse grupo. As infecções respiratórias agudas e a diarréia são as causas mais freqüentes do adoecimento de crianças e apesar do caráter global da distribuição dessas doenças, seu impacto sobre as taxas de hospitalização e óbitos sofrem diferenciações significativas, relacionadas às desigualdades sociais. Assim, surgem as indagações: quais as causas de internação em menores de cinco anos? Será que há alguma relação com as questões ambientais? OBJETIVOS: Investigar as causas de internação em menores de cinco anos e a sua relação com o meio ambiente; Conhecer as principais doenças que levam à hospitalização. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva e documental com abordagem quantitativa realizada no Hospital São Raimundo no município de Limoeiro do Norte-Ce. Foram estudados 60 prontuários de crianças hospitalizadas no período de Janeiro à Dezembro de 2009, onde se verificou as causas da internação, sintomas apresentados e procedência, ressaltando-se que os dados referentes às condições de moradia e saneamento foram coletados através de entrevista com as mães. O estudo atende a Resolução 196/96 do Ministério da Saúde que dispõe sobre pesquisas envolvendo seres humanos e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza. RESULTADOS: O maior número das internações ocorreram entre 2 a 3 anos de idade com 60% das internações; as principais causas foram a diarréia com 41,66% e a pneumonia com 25%. 55% eram crianças procedentes da zona rural. Constatou-se que 98,33% residem em casa de alvenaria, entretanto 61,66% não dispõem de rede de esgoto e 40% não dispõe de coleta de lixo pelo sistema público. Estes fatores podem implicar em condições ambientais insalubres que determinam uma maior contaminação com o aumento da transmissibilidade dos microorganismos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo indica que para o controle da diarréia, são imprescindíveis adequadas cobertura e qualidade nos serviços de saneamento ambiental, posto que as crianças provenientes de famílias que não tem rede de esgoto e coleta de lixo, ou seja, que são desprovidas de saneamento básico, sofrem maiores agravos do meio ambiente, e, como conseqüência, tornam-se predispostas a adoecer.