Atualmente, os profissionais de enfermagem têm se esforçado para a prática do cuidado numa visão holística, objetivando a valorização do homem como ser total. Contudo, o próprio processo de enfermagem tende a persistir hierárquico . O enfermeiro neste contexto social e de saúde, precisa se reorganizar a fim de dar conta de acompanhar as rápidas transformações decorrentes das constantes alterações no quadro político-social e econômico do Brasil. A transformação do perfil dos futuros trabalhadores da saúde deve ser construída com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), onde é prevista uma reestruturação dos cursos de enfermagem, a adoção de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) como também assegura às instituições de ensino superior (IES) autonomia didático-científica. Essas diretrizes têm como objeto a construção de um perfil acadêmico e profissional para que este possa desenvolver a capacidade de aprender a aprender que engloba aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser (pilares da educação), garantindo a capacitação de profissionais com autonomia e discernimento para assegurar a integralidade da atenção à saúde com qualidade, eficiência e resolutividade. Trata-se de uma revisão de literatura, com análise qualitativa, desenvolvida no período de 07/06 a 11/06 na Biblioteca Central, biblioteca eletrônica SCIELO, livros e periódicos, e tem como objetivo identificar na literatura nacional trabalhos (artigos e livros) que discutam as novas diretrizes para a formação do profissional de enfermagem e identificar as dificuldades dos docentes em se adequar as novas diretrizes curriculares nacionais. A maioria dos autores pesquisados são enfermeiros e os estudos foram realizados através de análises dos currículos das instituições de ensino superior; os resultados revelaram que a inadequação da formação acadêmica à realidade de saúde do país, pode explicar o despreparo dos profissionais de enfermagem ao assumir a gerência de saúde e que os alunos, e principalmente os docentes do curso precisam estar dispostos a mudar e promover a mudança. Conclui-se que apesar de terem avaliações freqüentes do currículo de enfermagem em várias IES, ainda não foi alcançada a proposta teórica de formar um enfermeiro ideal, de acordo com os preceitos da DCN, pronto para enfrentar a nossa nova realidade.