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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
IMPLICAÇÕES DAS INFECÇÕES URINÁRIAS NA GRAVIDEZ
Relatoria:
JACKELINE PATRICIA GOMES DE MORAES BIONE
Autores:
  • GLÁUCIA ALYNE NUNES DE LACERDA
  • LILIAN BRAGA DO NASCIMENTO
  • JULIANA BATISTA DE OLIVEIRA DAMIÃO
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A infecção do trato urinário é importante fator de morbimortalidade durante o ciclo gravídico-puerperal. É a terceira intercorrência clínica mais comum na gestação, acometendo de 10 a 12% das grávidas, e a maioria destas infecções ocorre no primeiro trimestre de gravidez podendo causar sérias complicações ao futuro do concepto e à própria gestante. O objetivo do trabalho é analisar a produção científica existente sobre a relação entre as infecções urinárias na gravidez e a prematuridade. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática tendo como fonte as bases de dados informatizados: SCIELO, BVS e CAPES. Os resultados obtidos evidenciam que durante a gravidez os rins passam a excretar quantidades menores de potássio e maiores de glicose e aminoácidos, fornecendo meio apropriado para a proliferação bacteriana. Entre os principais agentes envolvidos na infecção do trato urinário estão Escherichia coli, Proteus sp., Staphylococcus saprophyticus, Klebsiella sp., Enterobacter sp. e Enterococcus sp., sendo E. coli, o microorganismo mais isolado. Essa infecção pode ser sintomática ou assintomática, sendo a assintomática mais preocupante pois passa por despercebida. Dentre as complicações destacam- se o trabalho de parto e parto pré-termo, ruptura prematura de membranas amnióticas, restrição de crescimento intra-útero, recém-nascidos de baixo peso e óbito perinatal. Gestações complicadas por infecção urinária estão associadas ao dobro da mortalidade fetal observada em gestações normais de uma mesma área geográfica. É importante a atenção de enfermagem e acompanhamento pré-natal realizado corretamente para que as complicações provocadas pela infecção do trato urinário sejam prevenidas. Ademais, deve-se sempre valorizar as queixas de dor em baixo ventre, disúria e polaciúria durante a gravidez, mesmo sabendo que se trata de queixas corriqueiras no período gestacional. Dessa forma não se deve negligenciar a profilaxia nos casos indicados, porém é preciso sempre considerar o risco materno-fetal de trabalho de parto pré-termo, amniorrexe prematura, restrição do crescimento intraútero e óbito fetal na escolha da antibioticoterapia.