A assistência psiquiátrica vem passando por profundas mudanças. A prática da enfermagem nesse campo começa a ser discutida de acordo com o modelo hospitalocêntrico, tendo como único método terapêutico o uso de medicamentos e a internação. Havia o costume de se isolar os pacientes, retirá-los de seu convívio social e familiar, até eles tornarem-se incapaz de viver em sociedade. Com a reforma psiquiátrica, ocorreram alguns avanços na maneira de realizar essas práticas e garantir os direitos dos portadores de transtorno mental na produção dos serviços de saúde. Portanto, neste contexto, a Bioética vem auxiliar ao refletir sobre as práticas direcionadas aos pacientes portadores de transtorno mental, na busca por sua autonomia, inserção e reabilitação social. O presente trabalho objetiva discutir os direitos da pessoa com transtorno mental apresentadas no III Seminário de Bioética em Enfermagem da UERN-Campus do Seridó, realizado anualmente com atividades voltadas aos profissionais e usuários dos serviços de saúde. Relata uma vivencia de acadêmicos do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, desenvolvido no âmbito da disciplina Ética, Saúde e Sociedade. Utilizou-se a apresentação de seminários, debates e discussões com o apoio de recursos áudios-visuais. Construído baseado nas diretrizes da Associação Nacional de Normas e Técnicas. A partir dos resultados observou-se que há a necessidade de mudanças e garantia desses direitos. Através da realização deste evento percebemos a importância de reconhecer que o indivíduo precisa não só se tornar capaz de conviver em uma sociedade pluralista e democrática, buscando estabelecer e favorecer relações mais justas na sociedade, mas, ao mesmo tempo também, ser capaz de construir de forma autônoma. A enfermagem, como importante categoria que presta cuidados psíquicos aos portadores de transtornos mentais, faz-se necessário promover o planejamento de programas de reabilitação social para portadores de distúrbios mentais, mantendo o compromisso ético com a autonomia dos sujeitos a quem presta cuidados, visando uma melhor assistência aos usuários do serviço.