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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
A LINGUAGEM VERBAL UTILIZADA PELOS PROFISSIONAIS NO CUIDADO À PARTURIENTE
Relatoria:
LORENA DE CASTRO PACHECO BARROS
Autores:
  • Gracyelle Alves Remigio Moreira
  • Edilene Araújo Monteiro
  • Claudianne Maia de Farias Lima
  • Girliani Silva de Sousa
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Monografia
Resumo:
A comunicação funciona como instrumento básico que permeia toda ação profissional, é considerada como capacidade ou “competência interpessoal” que pode e deve ser adquirida, especialmente, por quem deseja atender o ser humano de forma holística. O presente estudo tem como objetivo analisar as expressões verbais utilizadas pelos profissionais de saúde no processo de cuidado às parturientes. Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado em uma maternidade pública de atendimento às gestantes de baixo risco, localizada no município de João Pessoa – PB. Participaram do estudo dez profissionais de saúde, os quais compreenderam: médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, vinculados diretamente à atenção ao parto e nascimento. A amostra selecionada foi por acessibilidade, durante os meses de fevereiro e março de 2008. Os dados foram coletados por meio da técnica de observação participante seguida do registro em diário de campo e analisados empregando a técnica de análise de conteúdo. O trabalho obedeceu às normas de Vancouver. Os resultados mostraram que, na maioria das vezes, as expressões verbais utilizadas pelos profissionais na comunicação com as parturientes são empregadas de maneira inadequada, desumana e desrespeitosa. Foi evidenciado o uso de termos científicos, autoritários, impessoais e indiferentes; retratando a falta de autonomia e a submissão da mulher no processo parturitivo. Diante disso, demonstra-se, claramente, a idéia da existência de uma hierarquização das relações entre profissionais de saúde e mulheres. Também observou-se que, quando a linguagem verbal é empregada de forma adequada pelos profissionais, ocorre o estabelecimento de uma comunicação eficaz e empática, favorecendo um atendimento guiado por ações humanizadas e constituindo o parto uma experiência fundamental, profunda e marcante na vida da mulher. Com base nos resultados do estudo, é importante repensar o modelo de assistência oferecido as parturientes, observando aspectos relativos à comunicação e a relação mulheres e profissionais. Entretanto, ainda há dificuldade em romper com o modelo tecnocrático que trata a mulher como objeto do cuidado, sem proporcionar autonomia sobre o seu corpo. Torna-se necessário que os profissionais de saúde reflitam suas práticas e direcionem suas ações, resgatando e valorizando a comunicação efetiva como um mecanismo terapêutico e como uma prática para a assistência humanizada e integral.