Os hábitos alimentares da população escolar estão determinados por uma série de fatores históricos, sociais, religiosos, econômicos e geográficos inerentes a cada comunidade. Dessa forma a escola é um ambiente propício para a aplicação de programas de educação em saúde, pois a mesma está inserida em todas as dimensões do aprendizado: ensino, relações lar-escola-comunidade e ambiente físico e emocional. Objetivou-se analisar uma oficina educativa abordando os hábitos alimentares saudáveis com as crianças no ambiente escolar. Trata-se de um relato de experiência, realizado em uma creche, localizado em Guaiuba- CE com 50 crianças na faixa etária de 2 a 5 anos em uma manhã no mês de outubro de 2009. Utilizou-se cartazes ilustrativos, apresentou-se um DVD educativo com cantigas falando sobre os alimentos saudáveis, após essa explanação as facilitadoras proporcionaram um lanche com saladas de frutas e todas as crianças aceitaram satisfatoriamente a merenda. Associando as conversas com as crianças as expositoras demonstraram como é barato adquirir frutas e verduras, os aspectos positivos e como pode ser prazeroso alimentar-se saudavelmente. Os resultados evidenciaram a influência dos pais nos hábitos alimentares, neste caso, a maioria das crianças levava o lanche de casa, o qual era o lanche era ‘xilito’, biscoitos recheado e refrigerante, recusando a merenda oferecida pela creche, tachando-a de alimentação não saborosa. Os pais exercessem fortemente influência na alimentação da criança, necessitando que a escola promova ações educativas sensibilizando os pais que hábitos alimentares saudáveis são benéficos para toda a família, devendo ser estimulada diariamente a oferta de frutas e verduras as crianças. Concluiu-se que os pais tem influência na alimentação do filhos na medida que eles oferecem comidas não nutritivas, mas com sabores agradáveis comparados aos oferecidos na escola, dificultando assim as orientações nutricionais da instituição. Como sugestão para o crescimento do conhecimento nutricional a escola pode elaborar com os pais e filhos o desenvolvimento de práticas de saúde através da mudança de projetos de vida, onde são incluídos o ambiente físico e emocional, bem como, a cultura de cada família e a importância da relação lar-escola-comunidade na promoção dessas práticas.