Introdução – Reconhecemos a Estratégia Saúde da Família como uma política de reorganização da Atenção Básica que prioriza as ações preventivas e controle de doenças e agravos, readequando os serviços de saúde à realidade da população, através da promoção a saúde, a continuidade do cuidado, a integralidade da atenção e ações de vigilância a saúde. Nesse sentido, no âmbito da Política Nacional de Promoção a Saúde, a Equipe Multiprofissional tem o compromisso de estimular por meio das ações educativas desenvolvidas na comunidade, a formação de uma consciência sanitária, valorizando a auto-estima e proporcionando novas estratégias de enfrentamento. Dessa forma, buscamos através das rodas de conversa, o meio mais participativo, criativo e dialógico, capaz de respeitar os saberes culturais, fortalecendo os sujeitos para a organização e transformação social. Objetivo - Objetivamos relatar as experiências com rodas de conversa vivenciadas pela Equipe Saúde da Família, bairro Monte Castelo, Patos-PB. Metodologia - Escolhemos rodas de conversa como estratégia pedagógica, por fomentar a inclusão, participação e informalidade. Foram implementadas no período de janeiro de 2009 a fevereiro de 2010, distribuídas por microareas em cinco encontros mensais, organizadas mediante cronograma, com temáticas em saúde da mulher, do homem, tuberculose e hanseníase. Realizaram-se extra-muro, em locais previamente selecionados, média de 10 participantes, geralmente, idosos, mulheres, adolescentes e homens. Resultados – Constatamos ao longo de um ano, que as rodas de conversa despertaram na comunidade a importância do coletivo, da prevenção, a desmedicalizaçao, diálogo, redução da demanda, ajuda mutua, bem como, a re-contextualizaçao do saber técnico e popular frente ao processo saúde-doença e o fortalecimento do vinculo Equipe-comunidade. Conclusão –Entendemos que encorajar a busca por novos saberes, cidadania e direito à saúde; re-construir práticas; proporcionar a inclusão, participação e aprendizado democrático a uma população que ainda vive e valoriza o modelo tecnicista, é tarefa árdua. No entanto possível, desde que sejam planejadas ações que corroborem ao pensamento critico-reflexivo da comunidade e Equipe. Assim, valorizamos as experiências vivenciadas a partir da problematização, com fins de fortificar a construção de um SUS para todos, com participação popular e integralidade nas ações de saúde.