Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ACERCA DA SEXUALIDADE DOS PORTADORES DE TRANSTORNO MENTAL
Relatoria:
MARINA SANDRELLE CORREIA DE SOUSA
Autores:
- ELIZABETH FARIAS QUEIROZ
- GLERISTON CORDEIRO DA SILVA
- KYONAYRA QUÉZIA DUARTE BRITO
- RENATA THAÍS OLIVEIRA GUIMARÃES
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução: Discutir sobre sexualidade consiste em um grande um desafio desde os primórdios da humanidade até à sociedade contemporânea. O que tem sido observado é que a sexualidade em vez de ser encarada de forma positiva, é caracterizada, na maioria das vezes, de forma negativa, sendo, quase sempre, reprimida, deformada e manipulada pelo poder social. Não se trata de um assunto isolado, e sim, um contexto que envolve tanto aspectos físicos e psicológicos como também aspectos culturais e sociais. Objetivos: Neste estudo nos propomos a investigar a percepção da equipe de enfermagem sobre a sexualidade dos portadores de transtorno mental; como também, almejamos identificar as intervenções da equipe de enfermagem frente às expressões da sexualidade destes. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo quanti-qualitativo, desenvolvido em um hospital psiquiátrico da cidade de Campina Grande. A amostra foi constituída por todos os profissionais de enfermagem que atuam nesta instituição, totalizando 15 participantes. Foram aplicados, como instrumentos de coleta de dados, um questionário sócio-demográfico, um teste de associação livre de palavras e uma entrevista semi-estruturada. Para análise, utilizou-se o tratamento estatístico e a técnica de análise temática de conteúdo. Resultados: Os achados revelaram que a população em estudo é predominantemente feminina, com idade média de 31 a 50 anos, casadas e solteiras, predominando a categoria profissional de técnicas de enfermagem. Trabalham na instituição psiquiátrica a intervalos de tempo compreendido entre 1 a 5 anos e 17 a 21 anos majoritariamente. A sexualidade humana foi correlacionada ao sexo propriamente dito, ou seja, ao ato sexual. Foram apreendidas diferenças entre as concepções da sexualidade de pessoas normais e dos portadores de transtorno mental. A sexualidade dos portadores de transtorno mental se manifesta de diversas maneiras, através das quais o profissional de enfermagem a percebem como o resultado de uma libido exacerbada e descontrolada. As condutas adotadas pelos profissionais, muitas vezes, é a repressão ou a negação da sexualidade dos usuários de seus serviços. Conclusão: Evidenciou-se a falta de informações e preparo para orientação sexual. Diante de tais concepções urge a necessidade de reciclar e/ou formar profissionais de enfermagem capazes de abordar as questões relacionadas à sexualidade, e também reconhecer que os portadores de transtorno mental são seres dotados de sexualidade.