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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
INFLUÊNCIA DO TABAGISMO NA PREMATURIDADE
Relatoria:
JACKELINE PATRICIA GOMES DE MORAES BIONE
Autores:
  • GLÁUCIA ALYNE NUNES DE LACERDA
  • LILIAN BRAGA DO NASCIMENTO
  • JULIANA BATISTA DE OLIVEIRA DAMIÃO
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima que aproximadamente 11,2% das mulheres são fumantes, sendo que 90% delas tornaram-se fumantes entre as idades de 20 a 49 anos. Observa-se também maior prevalência em pessoas com baixa renda e escolaridade. Em vista disso o objetivo desse trabalho foi descrever as alterações que os componentes do cigarro realizam no corpo da gestante resultando na modificação da fisiologia do parto. Trata-se de uma revisão bibliográfica que utilizou como fontes as bases de dados informatizados: SCIELO, BVS e CAPES. Procurou-se separar o material, pontuando a revisão de literatura nos aspectos: gestação, prematuridade, tabagismo e enfermagem. Os resultados evidenciam que o fumo na gravidez é responsável por 20% dos casos com fetos com baixo peso ao nascer, 8% dos partos prematuros e 5% de todas as mortes perinatais. A mulher quando fuma durante a gestação, expõe seu feto não apenas as substâncias que cruzam a barreira placentária, mas também às alterações no seu próprio metabolismo secundárias ao fumo. A nicotina atravessa facilmente a barreira placentária, causa vasoconstricção dos vasos do útero e da placenta, reduzindo o fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio e nutrientes para o feto, pode aumentar as contrações musculares do útero elevando os riscos de deslocamento precoce da placenta. O monóxido de carbono (CO) é um gás venenoso que liga-se a hemoglobina materna e fetal no sítio onde deveria se ligar o oxigênio, isso resulta em hiperviscosidade sanguínea, aumento do risco de infarto cerebral no neonato, e mau desempenho da placenta. A placenta da fumante pode ter uma aceleração de sua maturidade em conseqüência da elevada calcificação e deposição subcoriônica de fibrina, há um espessamento da lâmina basal do trofoblasto e a redução do número e da luz dos capilares fetais. É possível então inferir que o cigarro, representa um risco toxicológico grande para as gestantes e seus respectivos bebês, uma vez que pode ser responsável pelo aumento da incidência de abortos espontâneos, de partos prematuros, crescimento intra-útero restrito e de recém-nascidos com baixo peso e com problemas cardiorespiratórios; os quais aumentam o risco de mortalidade fetal e infantil. Nesse sentido, roga-se a todos os profissionais que fazem assistência materno-infantil que orientem as gestantes fumantes, destacando os malefícios sobre a sua saúde, e principalmente a de seu filho, tanto intra-uterina quanto após o nascimento.