A hospitalização e o procedimento cirúrgico constituem uma experiência estressante e traumática principalmente para a criança. Para diminuir o medo e a insegurança é importante que o enfermeiro faça uso de alternativas para explicar o procedimento cirúrgico e uma delas é o brinquedo terapêutico. O objetivo deste trabalho constitui em identificar e analisar a produção científica existente sobre a utilização do brinquedo terapêutico pela enfermagem na recuperação de cirurgias pediátricas no período de 1996 a 2010. Trata-se de uma revisão bibliográfica que utilizou como fontes as bases de dados informatizados: SCIELO, BVS, CAPES e consulta manual no acervo bibliográfico disponível na Biblioteca Setorial da Universidade Federal de Pernambuco. Procurou-se separar o material, pontuando a revisão de literatura nos aspectos: a criança e a hospitalização, a utilização do brinquedo terapêutico, a criança e a cirurgia, enfermagem e a criança hospitalizada e extrair dos textos o tema de interesse nesta pesquisa, fundamentar a discussão e interpretá-los a partir do objetivo proposto. A análise dos resultados mostra que a necessidade de brincar não deve ser esquecida quando as crianças são hospitalizadas. O brincar é um instrumento rico em possibilidades, a ser utilizado pelas enfermeiras pediatras na assistência junto a seus clientes dentro das unidades de cirurgia pediátrica, pois é um canal de comunicação e aceitação junto à mesma. Isto se dá à medida que a criança passa a perceber, no profissional que a assiste, a disponibilidade e o interesse em ouvi-la e compreendê-la, tendo como ponte desta comunicação espontânea o recurso de brincar. Assim conclui-se que a criança enfrenta melhor o procedimento cirúrgico se tem oportunidade para brincar e ser criativa, pois a utilização do brinquedo terapêutico em diferentes momentos, tanto antes como após a operação, evidenciou-se como uma estratégia efetiva, propiciando o alívio da tensão e o clima de confiança necessário para a criança enfrentar a situação traumática com maior segurança.