Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
COMPORTAMENTO VULNERÁVEL DE GESTANTES ADOLESCENTES EM CENTROS DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM FORTALEZA-CE
Relatoria:
AMELINA DE BRITO BELCHIOR
Autores:
- ANA PAULA SOARES GONDIM
- FABIANNE FERREIRA COSTA
- BRUNO SOUSA PINTO FERREIRA
- GEMIMMA DE PAIVA RÊGO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O comportamento social e sexual da adolescente pobre torna-a vulnerável a problemas como doenças sexualmente transmissíveis, gravidez e violência. A gravidez na adolescência considerada um sério problema de Saúde Pública. Objetivo: Analisar os comportamentos vulneráveis das gestantes adolescentes, em seis Centros de Saúde da Família em Fortaleza, Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com uma amostra composta de 73 gestantes adolescentes com idade entre 12 e 19 anos, no período de agosto/2008 a novembro/2009. A coleta de dados realizou-se através de entrevistas diretivas utilizando um formulário, iniciado com a montagem e inserção dos dados no programa Epi Info, versão 3.5.1 e por meio da estatística descritiva simples realizou-se a análise das variáveis do estudo. Resultados: A maioria das gestantes adolescentes entrevistadas havia deixado de estudar quando engravidou. Quando relacionamos a idade de início da vida sexual e estudo, verificamos que entre as que estudam 40,6 % delas iniciaram a vida sexual entre 10 e 13 anos e 59,4% na faixa etária de 14 a 19 anos. Enquanto as que não estudavam apresentaram um percentual mais baixo (34,2%) para a idade de início da vida sexual entre 10 e 13 anos e valor mais elevado (65,8 %) na faixa etária de 14 a 19 anos. Esses dados demonstram que ao freqüentar a escola as adolescentes iniciaram a vida sexual mais cedo. Em relação ao tipo de relacionamento com o parceiro e uso de camisinha observamos que um terço delas informou ter uma relação amigável com o pai do filho, entre essas, 72% não usaram camisinha na última relação. Já entre as gestantes com relação indefinida, esse valor baixou para 58,3%. Os resultados revelaram que elas, dependendo da relação que tenham com o parceiro é dispensável o uso de preservativo, apresentando desconhecimento a respeito, haja vista que a maioria acha que por estar grávida não precisa mais usar. E entre as que não estudam 66,7 % não haviam usado camisinha na última relação. De acordo com os dados obtidos a maioria que não usou camisinha na última relação era a que estava estudando, sobrepondo-se as que não estudavam. Conclusão: Evidenciou-se vulnerabilidade das adolescentes as doenças sexualmente transmissíveis, demonstrando a necessidade de a escola oferecer suporte atrativo e educacional sobre a prevenção de DST’s e gravidez, especialmente subsidiados pelos profissionais da saúde para que essa temática seja discutida de forma mais aberta e ampla.