O período pós-parto é considerado crítico, em especial para as prímiparas, diante da necessidade de se preparar para os cuidados básicos e essenciais prestados ao recém-nascido. Objetivou-se investigar o conhecimento da puérpera quanto aos cuidados com o recém-nascido. Estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa realizado em um hospital/maternidade de referência terciária da rede estadual de saúde, localizado em Fortaleza-CE, no período de julho a outubro de 2009. Utilizou-se entrevista semi-estruturada com 16 puérperas primíparas, no período pós-parto mediato. As entrevistas foram transcritas e analisadas, com a técnica de análise de conteúdo baseadas em Bardin, emergindo-se as seguintes categorias: conhecimentos adquiridos da mãe para cuidar do recém-nascido e dificuldades/dúvidas da mãe que permanecem no cuidar do recém-nascido. Seguiu-se a Resolução 196/96 que regulamenta a pesquisa com seres humanos. O trabalho obedeceu às normas bibliográficas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A falta de conhecimento faz com que a puérpera recorra ao apoio de uma pessoa significativa da família ou grupo social com experiência em cuidar de recém-nascido, havendo influência cultural relacionada às práticas do cuidado. O preparo para o enfrentamento das dificuldades do papel materno deve-se iniciar no pré-natal, pois a gestante terá nove meses para interiorizar e assimilar a perspectiva de ser mãe. Logo, a atuação da enfermagem é fundamental por colaborar na construção do conhecimento da puérpera sobre os cuidados com o recém-nascido na travessia de gestante para mãe, incluindo o cuidado prestado pela família e/ou pessoas próximas, muitas vezes sem embasamento científico, mas de forte valor cultural, tornando-o parte do método de cuidar.