INTRODUÇÃO: Durante a gravidez muitos são os acontecimentos, sensações e sentimentos experimentados pela mulher como o medo, a preocupação, a frustração, a insegurança relativa ao momento do parto, os quais quando ignorados, podem repercutir negativamente na condução da gestação, afetando também o núcleo familiar. O apoio e esclarecimento de dúvidas durante a assistência de pré-natal torna-se uma condição sine qua non na minimização dos anseios e tabus oriundos desta fase. OBJETIVO: identificar, através de análise crítica de estudos, os sentimentos referidos pelas gestantes acerca da condição de sua gestação e parto. METODOLOGIA: percorremos as seis etapas da revisão integrativa da literatura com propósito de obter o entendimento de um determinado fenômeno (os sentimentos que permeiam a gestação e o parto) baseando-se em estudos anteriores. Desse modo, percorremos as bases de dados BDENF, LILACS, SCIELO e MEDLINE, havendo um refinamento das buscas dos trabalhos científicos publicados nos períodos de 2000 a 2010. Foram selecionados artigos científicos, livros, manuais do Ministério da Saúde e da OMS. RESULTADOS: A gestação e o parto são momentos permeados por sentimentos, de acordo com a singularidade de cada ser humano. Este, por sua vez, necessita partilhar sua história, percepções, medo e incertezas na tentativa de dirimi-los. É no terceiro trimestre da gestação que os anseios avivam-se devido à proximidade do parto, tornam-se intensificados com relação às dores e morte. CONCLUSÃO: a revisão integrativa da literatura favorece um refinamento e apropriação do saber a partir de um fenômeno que repercute diretamente na prática do enfermeiro. Desse modo, podemos afirmar com esse estudo que o conhecimento científico acerca dos sentimentos expressos pelas mulheres acerca da gestação e parto reafirmam a humanização e a qualidade da atenção em saúde como estratégia na resolução dos problemas, satisfação das usuárias, fortalecimento diante das suas demandas e principalmente, na promoção do seu autocuidado.