INTRODUÇÃO: Estima-se que no Brasil mais de 200000 pessoas morram por ano por causa do tabagismo. O problema atinge inclusive os profissionais que trabalham em estabelecimentos de saúde, fazendo surgir um dilema ético. OBJETIVO: Entender o posicionamento dos profissionais fumantes que trabalham em estabelecimentos de saúde e analisar a história do consumo do fumo pelos mesmos. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa exploratória com levantamento de dados, na qual foi aplicado um questionário e o teste de Fageström, para profissionais que trabalham em estabelecimentos de saúde ( enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem, técnicos em raio x, agentes administrativos e agentes de serviços gerais) do município de Bacabal – MA. RESULTADOS: A maioria (62%) das pessoas entrevistadas iniciaram o consumo do tabaco entre 15 e 20 anos. Em relação à influência, 31% receberam dos amigos; 23% dos familiares e 31% não receberam influência. Os 85% deles afirmaram orientar seus pacientes a pararem de fumar, porém, 70% dos entrevistados concordaram que os pacientes não dão créditos às orientações sobre tabagismo prestadas por profissionais fumantes. Foi percebido que 70% não se consideraram dependentes. Quando aplicado o teste de Fageström, apenas 15% apresentaram grau de dependência elevado. 62% já tentaram parar de fumar e para essa maioria, o maior problema que os impede de parar de fumar é a falta de vontade própria. CONCLUSÃO: A partir dos resultados, podemos concluir que os profissionais assumem o seu papel de orientar os pacientes, mesmo sabendo que estes não darão créditos às suas informações. Porém, o simples fato de orientar é insuficiente. Dessa forma, é necessário que os profissionais fumantes dos estabelecimentos de saúde tenham mais força de vontade de parar de fumar, pois só assim poderão desenvolver medidas eficientes para tratar pacientes dependentes de tabaco.