Introdução: O cuidado de enfermagem refere-se ao desenvolvimento de procedimentos e técnicas associado à criatividade, sensibilidade e intuição, relação esta que só se estabelece mediante o uso correto das tecnologias. Refletir acerca do cuidado na perspectiva da tecnologia envolve habilidades e saberes, sendo necessária a compreensão de que esta abordagem não envolve apenas equipamentos ou aparelhos tecnológicos, como também procedimentos técnicos e conhecimentos específicos que visam o cuidado em saúde. Objetivo: Analisar nos artigos publicados o uso das diversas tecnologias pelos profissionais de enfermagem no desenvolvimento do cuidado. Metodologia: Pesquisa realizada através de levantamento bibliográfico de publicações científicas no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS-BIREME) nas bases LILACS e BDENF, utilizando os descritores: /enfermagem, Tecnologia, Tecnologia Aplicada aos Cuidados de Saúde. Resultados: A Enfermagem dispõe de um conjunto de tecnologias que podem cada vez mais ser desenvolvidas e especializadas por todos aqueles profissionais motivados para uma melhoria do cuidado à saúde do ser humano. Estas podem ser classificadas em: leve, quando se refere a relações e gestão de serviços; leve-dura, quando se trata de saberes bem estruturados, como o processo de enfermagem; e dura, relacionada a equipamentos, como máquinas. As tecnologias têm contribuído amplamente para a solução de problemas antes insolúveis e que podem reverter em melhores condições para o paciente. O cuidado de Enfermagem e a tecnologia estão interligados, uma vez que a enfermagem está comprometida com princípios, leis e teorias, e a tecnologia consiste na expressão desse conhecimento científico, e em sua própria transformação. Assim, a tecnologia assume um importante papel, tanto em nível individual no desempenho de funções como também em nível institucional, alterando as diretrizes, as prioridades do setor e ensino dos profissionais de saúde. Considerações finais: As tecnologias, apesar de serem indispensáveis para propiciar uma melhor qualidade de vida ao paciente assistido, são insuficientes para tornar realmente efetiva a assistência ao indivíduo enfermo, visto que o paciente é um todo, um ser holístico. Torna-se necessário, desta forma, avaliar suas limitações, supervisionar e controlar seu uso, buscando racionalizar sua aquisição e incorporação.